quarta-feira, 11 de junho de 2008

Noites Ritual 2008

As «Noites Ritual», designação do que eu sempre conheci como «Noites Ritual Rock», estão de volta. O «Rock» caiu do nome e ainda bem, porque mentir é feio. Ao menos o espaço continua o mesmo, e que belo espaço, quando os jardins do Palácio de Cristal se abrem para duas noites de concertos. Duas coisas a destacar este ano:

A entrada é livre!

O que aconteceu aos programadores nacionais?
Esta questão daria pano para mangas... depois de vermos no mesmo dia do Festival Alive! Bob Dylan e Within Temptation e de vermos no Rock in Rio um dia com Orishas, Kaiser Chiefs, Muse, Offspring e Linkin Park, encontramos o cartaz do Ritual.



Não vou questionar a qualidade das bandas, até porque acho que o cartaz como um todo é superior aos últimos dois anos. Mas o que é aquela mistura? É possível alguém gostar das 3 bandas de uma noite? [1ª noite: electrónica, pop/rock, hip-hop. 2ª noite: pop/rock, pós-rock, electrónica.] Só se forem aquelas pessoas que "gostam muito de música e ouvem de tudo um pouco"... Polémicas à parte, passo a apresentar resumidamente as bandas, e qualquer um facilmente verá o desenquadramento.

DIA 29
Micro Audio Waves - Trio de electrónica, onde encontramos Flak (Rádio Macau), com relativo reconhecimento, tanto nacional como internacional.

Tiago Bettencourt & Mantha - Um concerto esperado pelos fãs portuenses do ex-Toranja para apresentar o seu disco a solo. Um registo rock melódico em trio.

Sam the Kid - Rapper de Chelas e referência incontornável no hip-hop tuga. Boa produção e conteúdo lírico.

DIA 30
Rita Redshoes - Apresenta o álbum de estreia, pop típico de «singer/songwriter» feminina, melódico/melancólico.

Linda Martini - Pós-rock (ou lá como gostam de chamar a isto), predominantemente instrumental.

Buraka Som Sistema - Cruzamento de música de raíz africana com música de dança, um fenómeno do momento, com visibilidade internacional.



Cá por mim, fico contente por ser de borla. Assim posso vir embora a meio da noite sem ter pena de gastar dinheiro e não ver as bandas todas.

1 comentário:

Bernardo Pinhal disse...

Estou estúpido pá vida!!! Que desilusão! Ainda me lembro quando fui às noites ritual rock com os meus doze aninhos com a Inês, ver os Mão Morta! E, mais tarde, tanta rockalhada fixe no palco principal, e no secundário uma miríade de bandas cuja música era tão estranha e inovadora para mim! Os Complicado, banda de que nunca mais ouvi falar, deram nesse palco um concerto incrível, incrível, rock progressivo inglês do mais alto nível, melhor que Camel, bem mais discreto que Yes, é certo, e um som sempre muito actual! Nunca mais ouvi falar deles...

Mas pronto, parece que essa rita Redshoes é bem porreira, tenho uma song dela em casa. E o Tiago Bettencourt também tem feito cenas porreiras. Agora, realmente...que caralho de noite?? E...Buraka Som Sistema cabeça de cartaz? Até dói.

De graça? Há uns tempos bem que pagava dois contos e tal para entrar lá há uns anos, ouvir boas rockalhadas e fumar umas coisas nos jardins...hehe. Mas, como é óbvio, não deixa de ser boa iniciativa, festival de música portuguesa, gratuito...se bem que o público certamente que não vai ser o mesmo...enfim. Por mais fascista que possa soar, o preço escolhe mesmo as pessoas, e isto no bom sentido.

Abraço.