quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Dez curiosidades floydianas

«1: The most famous roadie ever?
In 1967, Pink Floyd began employing roadie Pete Watts, who rose through the ranks to become their chief sound engineer. Watts can also be heard laughing between tracks on the band’s Dark Side Of The Moon album. He died in 1976. His daughter Naomi accompanied the group on tour as a child, and went on to become a successful model and actress, starring in the movies, 21 Grams and Mulholland Drive.»

Mais em 10 things you probably didn't know about Pink Floyd, a partir do livro «Pigs might fly, the inside story of Pink Floyd» de Mark Blake.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Novo festival?

Será um substituto para o Super Bock Super Rock? Será uma reformulação? Será um novo festival? Não sei, mas promete!

«É já na próxima Terça-feira, 4 de Novembro, que é anunciado, em conferência de imprensa, aquele que é descrito como "o mais inovador evento musical dos últimos anos em Portugal".

Em comunicado, a Música no Coração e a Super Bock garantem que, ao longo de duas noites, os espectadores do evento, ainda por baptizar, irão poder ver "mais de 20 dos mais estimulantes e refrescantes projectos musicais nacionais e internacionais da actualidade".»

in
Blitz

terça-feira, 28 de outubro de 2008

There Will be Blood [2007] OST

Há filmes que nos surpreendem pela positiva. Giro, giro, é quando a surpresa não é o filme em si.

Desde o início de There Will be Blood a minha atenção centrou-se na banda sonora, apesar da sua profunda ligação e complementaridade com a parte visual, e fiquei absolutamente abismado ao vê-la crescer e adensar ao longo do filme, ao ponto de nas melhores cenas (com algumas excepções, a utilização da música não se faz sempre nos mesmos moldes - e ainda bem) dominar por completo a acção.
Quando o filme acabou corri a informar-me sobre a banda sonora, que julguei ser uma compilação, sobretudo por causa da diversidade estilística e técnica - temos desde (perdoem-me os palavrões, eu próprio não gosto de os usar) uma escrita minimal a pós-moderna, para orquestra completa e para quarteto de cordas, com alguns salpicos de electrónica. Acontece que o seu autor (da grande maioria, pelo menos) é o nosso amigo Jonny Greenwood, mais conhecido como guitarrista dos Radiohead, que me parecem cada vez mais um poço sem fundo em termos criativos. Jonny já nao tinha nada para me provar quanto à sua qualidade, mas ouvir tão boa música e bem diferente do que estava habituado representou ainda assim uma enorme surpresa!

Estamos a falar de Música Contemporânea de primeiríssima água, como pouca tenho ouvido vinda de compositores dum meio mais erudito/académico. E podem fazer-lhe festinhas que não morde.

Ah, e o filme era bonzito.

Cansei desta gente

As (os) CSS tocam por estas altura na nossa terra.

Algo que me acita a curiosidade é saber a receptividade do público. Depois do que aconteceu há um par de meses, em que, sendo cabeças de cartaz (e anunciadas como tal) no Alive '08, cancelaram o dito concerto de véspera. Porquê? Porque tinham compromissos publicitários. É... não sei porquê não me pareceu bem jogado.

Já dei anteriormente a minha opinião sobre isso; a questão é que toda a curiosidade que ainda subsistisse se esvaiu no momento em que a guitarrista, em entrevista ao jornal metro (li hoje de manhã no dito cujo, mas online a notícia só está disponível no site da blitz) assumiu que cada concerto é contido, porque "Não podemos queimar toda a energia, porque senão não se consegue aguentar uma tournée".

Basicamente são meninos que cheiram a leitinho, que avisam à partida que não vão deixar a pele em palco, para não se cansarem muito. Por mim tudo bem. Eu também ando meio cansado, por isso fico em casa também.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Porcupine Tree @ Porto

No passado dia 8 assisti ao concerto dos proggers Porcupine Tree no Teatro Sá da Bandeira. A abrir estavam os Pure Reason Revolution, britânicos com um pop/rock com laivos progressivos a beber tanto em Porcupine Tree como em sonoridades mais indie. Este cruzamento, que nem resulta mal em disco, foi extremamente maçador no concerto. Porquê? Porque os Pure Reason Revolution são uma daquelas bandas que quando descobre um recurso interessante a usar na sua música faz questão de o destruir ao usá-lo em todas as suas composições! Neste caso, o interessante colar da voz da vocalista/baixista e do vocalista/guitarrista deixa de o ser ao fim de meia hora de repetição. Se juntarmos a isso uma equalização deficiente e o uso de muitas partes gravadas temos um concerto com alguns bons momentos mas com um tom genericamente mortiço.

Expulsado do meu lugar sentado pelos seguranças do Sá da Bandeira, que entre as duas bandas se lembraram que queriam ter fechado o balcão mas se tinham esquecido, rumei para junto da plateia lotada de fãs à espera da banda da noite. E lá chegou Steven Wilson e companhia, para mais de 2 hora de música e 2 encores, com um alinhamento centrado sobretudo nos últimos três álbuns. Foi um bom concerto, com um desempenho extremamente competente e profissional dos músicos. As músicas do último álbum - «Fear of a Blank Planet», que deve ter sido tocado na íntegra, foram acompanhadas da projecção de vídeos, ajudando à performance.
Não foi um concerto excelente. Sofreu, na minha opinião, por ter recorrido a poucas músicas mais antigas, acabando por andar sempre à volta das mesmas sonoridades, dada a uniformidade entre os três últimos álbuns. Sofreu também pelo constante alternar entre uma música mais pesada - uma balada - uma música mais pesada - uma balada - etc. Concluindo: o concerto teve alguns momentos muito bons, pautando-se no entanto por uma constância que, apesar de ser de elevada qualidade, me deixou a ansiar por algo mais.

Outonalidades'08

Mais um ano, mais uma edição do Outonalidades, o maior circuito português de música ao vivo. A decorrer desde dia 10 de Outubro e seguindo até ao dia 20 de Dezembro, de Tavira a Ferrol (na Galiza) com muita muita música (portuguesa e galega)!

Cliquem no cartaz ou vejam, para mais informações, o folheto electrónico, a lista de bandas e espaços ou o cartaz completo.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Box da Motown

Uma boa notícia para os amantes da Motown:

«Motown will celebrate its 50th anniversary with a mammoth boxed set, "Motown: The Complete No. 1's," due Dec. 9. The 10-disc package features 191 songs, all of which have topped a chart in the United States or internationally.
Naturally, Stevie Wonder, the Supremes, Marvin Gaye, Tammi Terrell, the Four Tops, Martha & the Vandellas, Mary Wells, the Temptations and Gladys Knight & the Pips are represented throughout "The Complete No. 1s.»

Alinhamento completo aqui.

Um Mundo Catita

Finalmente!! Alguém comprou os direitos de transmissão da muito aguardada (por mim) série «Um Mundo Catita»! Salva-nos sempre a RTP2 do desinteresse generalizado das estações de televisão pela produção independente. Para quem não conhece, é uma mini-série de 6 episódios, uma «viagem ao imaginário de Manuel João Vieira, em que os sonhos se misturam com uma cinzenta realidade, e onde seguimos o protagonista numa sucessão de aventuras e desventuras» e com muita música à mistura. Vejam o trailer no site oficial. Promete! Estreia domingo, dia 23, às 23:40 (making of no dia 16).


as minhas coisas favoritas (belo!)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Partilhar a Fúria

Os Muse partilham com os fãs uma música rara (Fury) gravada no Royal Albert Hall num concerto para o Teenage Cancer Trust.

Para fazerem o download gratuito do vídeo da actuação, é só dirigirem-se à secção de downloads do site da banda.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

3 milhões de «In Rainbows»

«In Rainbows , o mais recente álbum dos Radiohead, vendeu 3 milhões de exemplares até à data. A banda revelou finalmente os números relativos às vendas do álbum, aproximadamente um ano depois de ser disponibilizado.
Os 3 milhões incluem os downloads no site oficial, cópias em CD, uma caixa de luxo com dois discos em vinil (que terá vendido 100 mil cópias) e vendas através de lojas digitais, como o iTunes.
Recorde-se que In Rainbows foi disponibilizado pelo preço que o comprador quisesse pagar no site oficial dos Radiohead e só depois começou a ser vendido nas lojas (físicas e digitais).
O registo subiu ao primeiro lugar das tabelas norte-americana e britânica quando saiu em CD e antes já tinha rendido à banda mais dinheiro que o relativo ao total de vendas do antecessor Hail to the Thief

in Blitz

Coral de Letras - Abertas AUDIÇÕES (25 de Outubro)

Esta notícia dirige-se a todos os que gostam de cantar:

- No próximo sábado, 25 de Outubro a partir das 15h, o Coral de Letras da Universidade do Porto realizará audições a todos os interessados, com o objectivo de reforçar o grupo por forma a responder aos projectos em que está envolvido. Para informações mais detalhadas, ver o site.

Relembro que o Coral de Letras está aberto a todos, não tendo que pertencer nem à Faculdade de Letras nem à Universidade do Porto. Se gostas de cantar, aparece!

As audições terão lugar nas instalações do Coral, na Rua dos Bragas (à Faculdade de Direito da Universidade do Porto).


- Amanhã (quarta-feira, dia 22 de Outubro), se sintonizarem a Antena2 pelas 8h 30 (da manhã) poderão ouvir uma pequena entrevista ao Maestro José Luís Borges Coelho, em que, entre outras coisas, se deverá referir a estes projectos e às audições de próximo sábado.

Ficamos à vossa espera!

Dois concertos a não perder!

Destina-se este post a dar conta de dois importantes concertos a decorrer ainda esta semana:

- Quinta-feira, 23 de Outubro, às 21h 30, na Câmara Municipal de Matosinhos, concerto pelo Quarteto de Cordas de Matosinhos, em que, entre outras obras, estreará o Quarteto de Cordas do compositor Fernando Lapa (cf., por exemplo, aqui e aqui).

- Sexta-feira, 24 de Outubro, às 21h, na Casa da Música, concerto comemorativo do 8º Aniversário do Remix Ensemble, em que poderemos ouvir algumas obras para dois ensembles (Remix Ensemble + Musik Fabrik - grupo alemão de música contemporânea). O concerto conta com obras de Birtwistle, Kurtag e Xenakis. Informações mais detalhadas aqui.

Resumindo, a não perder!

Daniel.

Um sonho feito de imagens e sons

Mais um post relacionado com o Ciclo de Cinema sobre Manoel de Oliveira, a decorrer na Fundação de Serralves (cf. aqui).

Refiro-me ao absolutamente extraordinário filme O Convento, exibido na passada terça-feira, 14 de Outubro. A atmosfera do filme é de tal forma sombria, onírica e alucinada que, como alguém disse, depois de vermos o filme não temos bem a certeza se o vimos ou sonhámos. A fotografia e o sentido do enquadramento são, como é habitual em Oliveira, não menos originais do que irrepreensíveis. E quatro actores verdadeiramente alucinados, autênticos espectros movendo-se na tela: John Malkovich, Catherine Deneuve, Luís Miguel Cintra (o melhor dos 4!!!) e Leonor Silveira.

Bem, e perguntam por que razão um post destes num blog sobre música. Por duas razões. Em primeiro lugar, porque esta forma de contar histórias, pelo encantamento que provoca, é essencialmente musical. Depois, porque a música tem um papel essencial no filme, como contraponto da imagem, contribuindo decisivamente para reforçar o seu carácter alucinado - é, de facto, a música que, em boa medida, dá profundidade à imagem, lhe dá relevo, um outro significado. Deixo este pequeno excerto do YouTube, que não deixa adivinhar a história de modo demasiado descarado, mas que pode dar uma ideia do que estou a falar.

(Haveria, aliás, muito a falar sobre a utilização da música em Manoel de Oliveira, numa abordagem tão pessoal quanto a de, por exemplo, Stanley Kubrick ou Andrei Tarkovsky (cf. aqui). Voltarei a este assunto.)

NOTA: Creio que a música é de Sofia Gubaidulina, como a maior parte da banda sonora, mas ainda não consegui confirmar relativamente a esta passagem em particular.



Daniel.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Eu beijei uma rapariga e gostei

«Se já beijei uma rapariga? Claro que sim. Não conseguiria cantar a canção se não o tivesse feito. Isso seria uma completa hipocrisia.»

Horray! O fetiche lesbiano ainda vende! Todos já devem ter ouvido a música "I Kissed a Girl" da norte-americana Katy Perry, quer na sua versão original quer na versão "rock remix" (o que quer que isso seja). Quem não ouviu saiba que é uma música tocante e profundíssima sobre uma menina que beija outra menina e espera que o seu namorado (que é menino) não queira deixar de brincar aos médicos com ela por causa disso. Ou então não (a parte dos elogios à musica, não a do tema). Pois a música lá tem feito sucesso (com um teledisco com muitas meninas e pouca roupa) e a jovem tem dado entrevistas e tal... o percurso normal dos one-hit wonder dos states. Já sabemos que os pais são pastores (não dos rijos das ovelhas), que a mãe de ascendência portuguesa namorou com o Hendrix, que o pai era um drogado que a religião salvou, e que gostaria de beijar a Angelina, a Scarlett e a Portman.

Gosto especialmente de uma declaração sua: «Hoje em dia, há muita música vazia de sentido».

Deixo-vos com um belo dum vídeo. Os trejeitos soft eróticos chegaram, assim como o ridículo. Depois do strip da bela vestimenta enquanto cantava (assim para o malzinho) surge o mergulho para um bolo gigante. Vejam depois, a partir dos 3:40, os belos dos tralhos!



«Os meus pais estão muito orgulhosos de mim. Não sou uma drogada nem ando por aí despida. Posso cantar sobre um pequeno beijo, mas as coisas ficam por aí.»

Priest Feast

O pessoal do metal dos antigamentes vai ficar eufórico com esta certamente:

Judas Priest, Megadeth e Testament numa só noite no Pavilhão Atlântico dia 17 de Março de 2009.

\m/

Metafonia: o valor da marca

Se há coisa que admiro nos Led Zeppelin é o seu fim. Os Led Zeppelin são o Page, o Plant, o Jones e o Bonham, e sem o Bonham não há Zeppelin. Foi qualquer coisa assim que os senhores disseram e pensaram quando o seu baterista de sempre morreu tragicamente. Para mim sempre foi um acto de coerência e que raras vezes vi noutras bandas. Inclusive se agora se tornar verdade o boato de que Page e Jones avançam sem Plant para uma tour, ficarei desiludido. Serão como o May e Taylor a envergonhar a chancela Queen no último álbum que saiu... Ou como os Nightwish trocarem de vocalista e passarem a soar ao vivo como uma banda de covers, já que o instrumental é facilmente imitável (dado o carácter electrónico dos instrumentos) - a voz da Tarja sempre foi o elemento distintivo da banda. Mas o valor da marca sobrepõem-se quase sempre aos subjectivos valores artísticos.

Mas esta posta não é sobre os gigantes britânicos (e anões finlandeses), mas sim sobre os Madredeus. Por muito que goste da obra do Pedro Ayres de Magalhães, e mesmo sabendo do seu papel como mentor do projecto, não posso deixar de ficar incomodado com as notícias do novo álbum, editado hoje.
Depois da saída de Teresa Salgueiro, José Peixoto e Fernando Júdice, e ficando apenas Pedro Ayres de Magalhães e Carlos Maria Trindade, foram recrutadas duas vocalistas: Mariana Abrunheiro e Rita Damásio. Como não chegava para fazer a "nova música" dos Madredeus, junta-se a «Banda Cósmica» (menos...) composta por: Ana Isabel Dias (harpa), Sérgio Zurawski (guitarra eléctrica), Gustavo Roriz (guitarra baixo), Ruca Rebordão (percussão), Babi Bergamini (bateria), Jorge Varrecoso (violino) e Sofia Vitória, Cristina Loureiro e Marisa Fortes (coros).

Não consigo deixar de ver esta continuação como uma valorização do nome da banda como marca em detrimento da vertente de carreira artística, que é algo mais que um nome e umas rodelas de plástico. Mas isso é o meu lirismo a falar. Decerto que o senhor lá terá os direitos ao nome e poderá reivindicar o projecto como seu filho - o seu papel na história dos Madredeus é inegável e de se tirar o chapéu! Mas mesmo assim, não acho que faça sentido.

Como também estou aqui para informar, resta dizer que o álbum «Metafonia» será duplo, com 12 temas inéditos e 7 regravações (há que manter o fio condutor de alguma forma, além de serem precisas músicas para os concertos).

O álbum será certamente de qualidade. Os seus compositores assim o indicam. Mas preferia um nome diferente, só isso.

Mais informações aqui, aqui, aqui e também aqui.

domingo, 19 de outubro de 2008

We' jammin'

Porque o Jazz também é humano como as pessoas, apresenta-se um cartaz para os próximos tempos que é, no mínimo, brutal!

Dia 7 de Novembro, um dos maiores músicos e caras do "free-jazz", Ornette Coleman, vem ao Coliseu do Porto apresentar o seu recente "Sound Grammar", que lhe valeu, entre outros, um Pulitzer em '07.

Mais a norte, também em Novembro, temos a edição de 2008 do Guimarães Jazz. Um dos mais míticos festivais de jazz do nosso país apresenta um cartaz fortíssimo:
13/11 - Kurt Elling Quartet
14/11 - Big band ESMAE
14/11 - Steve Coleman and Five Elements
15/11- Ben Monder, Matt Pavolka, Pete Rende, Alexandre Frazão, João Moreira
15/11 - Django Bates and storMCHaser - Spring is here (shall we dance?)
19/11 - Marcus Strickland Quintet
20/11 - The Cookers - Lee Morgan 70th Birthday Celebration
21/11 - Kenny Barron Trio
22/11 - Metropole Orchestra conducted by Vince Mendoza

Mais informações n'A Oficina

sábado, 18 de outubro de 2008

Indo eu a Recardães

Pelo título do post vê-se logo que sou eu a retratar mais um dos meus «programinhas manhosos do folk», que me levam aos sítios recônditos deste belo Portugal das tradições. Pois assim foi no passado dia 10. Peguei eu na minha carripana, do Porto a Recardães, freguesia do concelho de Águeda, terra da d'Orfeu e palco do concerto de encerramento do 7º Festival «O Gesto Orelhudo», anunciado aqui.
Paragem em Aveiro para apanhar uns amigos, e descobrir que a internet mentiu ao dizer que havia bilhetes à venda no Mercado Negro - só havia passes para o festival inteiro. Nova paragem em Águeda para descobrir que a internet mentiu outra vez ao dizer que havia bilhetes na sede da d'Orfeu. Aumenta a preocupação com o aproximar da hora e a noção da popularidade que os filhos da terra têm nas imediações serranas. Preocupações escusadas (ou não, porque o sítio encheu mesmo) pois lá conseguimos comprar os nossos bilhetes à chegada ao Auditório da Junta de Freguesia de Recardães. Jantados no à beira da estrada «Zito dos Leitões» (rijo!) lá fomos para o dito cujo concerto.
As minhas expectativas estavam altas: ja tinha visto os Toques do Caramulo duas vezes e os Galandum Galundaina uma. Sabia que era provavelmente a única hipótese de ver os Galandum sem me aborrecer (mesmo assim aborreci-me). E o encontro das duas bandas já tinha acontecido uma vez... e prometia.

O que se seguiu foi um belo espectáculo que envolveu dezenas de pessoas, entre as referidas bandas, coro ("normal" e infantil), Pauliteiros de Miranda (muito bom!) e recriações, coreografias e trajes típicos.
Nunca tinha visto um concerto de folk com tanto público, estavam centenas de pessoas a lotar por completo a sauna - perdão, o Auditório - de Recardães. O concerto foi muito bom. Os vários intervenientes acrescentaram um óptimo colorido à actuação - já por si habitualmente vistosa - dos TC, e a fusão do Caramulo com as terras de Miranda foi feliz. Fica na memória. Siga de volta para casa que há 80km à espera de serem percorridos.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Ópera em Cinema - Parsifal

De vez em quando, a vida cultural no Porto tem os seus altos. Na verdade, depois dos comentários recentes acerca da "produção" (deveria dizer destruição?!?!) dos Carmina Burana do nosso "amigo" Carl Orff (o percurso político e cívico deste senhor mereceria aliás, só por si, um post separado...), no Coliseu (esse grande espaço do bailado e da música!!!), convinha referir algo de positivo...

Pois então, está a decorrer na Fundação de Serralves um ciclo de cinema em que é apresentada toda a obra de Manoel de Oliveira, acrescida de outros filmes, creio, por ele escolhidos (ou que de qualquer forma, têm afinidades com a obra dele). Esses filmes incluem Rebecca de Hitchcock, Le Charme Discret de la Bourgeoisie de Buñuel, A Paixão Segundo Mateus de Pasolini, entre muitos muitos outros. Um desses outros é o motivo deste post: o fabuloso, extraordinário Parsifal, do realizador alemão Hans Jürgen Syberberg, que consiste numa encenação fílmica da ópera de Wagner, ópera essa que contem alguma da música mais sublime alguma vez composta.

Não me vou alongar muito. Muito menos discutir as supostas simpatias nazis que estão implícitas tanto na ópera de Wagner como no próprio filme. Parecem-me aliás, ideias sem qualquer fundamento. Queria apenas referir que, apesar da limitação do propósito inicial (tratando-se de filmar uma ópera), os cenários, a cor da fotografia, o trabalho dos actores (ouvimos uma gravação por cantores profissionais, mas vemos actores que, embora também tendo cantado nas filmagens - o grau de detalhe com que Syberberg filma as expressões faciais, durante o canto, é verdadeiramente extraordinário -, são dobrados), a mobilidade hiptónica da câmara conferem ao filme uma força incrível. As pouco mais de 10 pessoas que assistiram a este filme no passado Domingo nem sentiram pelas quatro horas a passar... (não houve intervalo, de resto)

Mais informações aqui e aqui.

Dois pequenos excertos (pequenos por comparação com a duração da ópera...):


do Prelúdio:




do Segundo Acto:




Daniel.

Ciclo de Piano da Casa da Música

Decorre até Dezembro o ciclo de Piano da Casa da Música. Nicolai Lugansky, Olli Mustonen, Leif Ove Andsnes, Nina Schumann e Luís Magalhães, António Pinho Vargas, entre outros.
O programa detalhado em formato electrónico pode ser consultado aqui.

Folk a sul

Duas propostas a sul: o Festival Ruada em Lisboa (site) e o Festival Acordeões do Mundo em Torres Vedras (site).




Hypertensão

Raramente aqui falamos de música de peso (metal extremo, cenas assim) e como ando a ouvir muita coisa pesada decidi partilhar com os amigos.

Decidi não mencionar aqui nem os Mastodon nem os Protest the Hero (ups, afinal mencionei). Os primeiros porque são aclamados por toda a gente incluído imprensa não especializada. Os segundos porque já falei deles aqui. Se gostam de alguma das duas são capazes de apreciar as bandas seguintes porque partilham uma ideia ou outra

Dois estilos brutalíssimos que outrora viveram separados - o death metal e o hardcore - hoje são um, quando falamos de deathcore(!). Nomes à parte, nesse universo há uma banda que considero acima da média, os All Shall Perish. São guturais, sim, mas variados, e os intrumentais são bons.

Um pouco mais perto do mathcore vivem os SiKth que acabaram à pouco tempo depois da saída dos dois vocalistas (que eram um dos grandes trunfos da banda). Não se deixem enganar, o instrumental também é fenomenal. Pergunto-me se estes gajos conseguem mesmo decorar isto tudo ou se vão para palco ler pautas.

Não posso falar de mathcore sem mencionar os The Human Abstract, que incluem influências díspares como o neoclassical metal (sim, mãos em chamas e assim) para cunhar o seu próprio estilo.

"Ah, mas eu curto Mastodon mais por causa da componente do sludge e não sei o quê" - Se é isto que estão a pensar não desanimem. Os Baroness estão aqui para vocês. Metal alternativo/progressivo com um cheirinho a pó e a lama.

E é tudo para já. Já sabem que podem contar comigo para partilhar tudo aquilo que vou ouvindo de bom (e às vezes de mau), seja de que estilo for.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Música para a Crise Financeira

O título e a letra dizem tudo

The Beatles - You Never Give Me Your Money



You never give me your money
You only give me your funny paper
And in the middle of negotiations
You break down

I never give you my number
I only give you my situation
And in the middle of investigation
I break down

Out of college, money spent
See no future, pay no rent
All the money's gone, nowhere to go
Any jobber got the sack
Monday morning, turning back
Yellow lorry slow, nowhere to go
But oh, that magic feeling, nowhere to go
Oh, that magic feeling
Nowhere to go
Nowhere to go

One sweet dream
Pick up the bags and get in the limousine
Soon we'll be away from here
Step on the gas and wipe that tear away
One sweet dream came true today
Came true today
Came true today
Came true today (yes it did)

One two three four five six seven,
All good children go to Heaven

Kusturica em Gaia

Será possível um concerto dos Emir Kusturica & The No Smoking Orchestra a €10? Parece que sim :)

O concerto vai ser no Pavilhão Municipal de Gaia, 21 de Novembro, 22h00.

Post 1.0

Aí está uma atitude que promete dar polémica: uma discoteca foi multada (com direito a apreensão de todo o material de reprodução fonográfico) por passar música sem licença.

Resumidamente: as leis de copyright afirmam qualquer coisa do estilo "ao adquirir esta obra é-lhe permitido utilizá-la unicamente a nível individual, sendo proibida a sua reprodução em local público". O que isto visa é impedir que outros andem a ganhar o seu à custa do trabalho dos músicos.

Para alguns, é apenas uma atitude reprovável da Passmusica (que encetou esta accção), a tentar garantir o seu tacho. Para outros é algo que já devia ter sido feito há bastante tempo. Convenhemos, a cada um, o lucro do seu trabalho, não?

Isto promete não ficar por aqui, uma vez que esta foi a primeira de 500 providências cautelares a cair. Aguardamos os próximos capítulos...

Esta quinzena nas FNAC's

Por muito mal que alguns puristas digam do monopólio da FNAC e das condições dos showcases que promovem a verdade é que proporciona concertos gratuitos e que por vezes são uma alternativa ao circuito comercial a que muitas bandas parecem não conseguir chegar. Também é verdade que as bandas não recebem nada e que o som é péssimo mas hey! à falta de melhor...

Destaques para esta quinzena nas FNAC's do Grande Porto (NorteShopping, Santa Catarina, GaiaShopping e a nova do MarShopping): Thanatoschizo, X-Wife, Mesa, José Cid, Peixe:Avião, Trabalhadores do Comérico, Old Jerusalem.

Agenda completa aqui.

Off-topic: Isto anda forte de concertos. The Stranglers a 30 e 31 de Janeiro na Aula Magna e no Pavilhão Municipal de Gaia, respectivamente. E Norberto Lobo amanhã na Tertúlia Castelense. É só escolher.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Coro profissional da Casa da Música

«Dentro de um ano, a Casa da Música conta apresentar o seu coro profissional ao público do Porto. A formação será liderada pelo conceituado maestro britânico Paul Hillier, que assume o compromisso até 2014.
(...)
O projecto era já uma pretensão da Comissão Instaladora da Porto 2001, criada há precisamente dez anos, mas só agora estão reunidas todas as condições - incluindo as orçamentais - para se dar corpo a uma formação que, em certas ocasiões, chegará aos 80 elementos. No entanto, o núcleo de 16 cantores é o que terá uma base de trabalho mais regular.
(...)
"Ainda não sei, honestamente" é a resposta de Hillier quando se fala das expectativas que tem em relação ao Coro Casa da Música. Apenas avança dois objectivos concretos: "Explorar a música antiga e, ao mesmo tempo, apresentar repertório contemporâneo". (...)
A este propósito, António Jorge Pacheco refere que o referido núcleo de 16 cantores "permite abordar cantatas de Bach ou música 'a cappella' e permite defender muito bem o vastíssimo património português da música antiga, desde o Renascimento até ao início do período Barroco". O vasto catálogo de Fernando Lopes-Graça será outra das apostas da Casa da Música para os programas do coro, na versão de 16 elementos.
(...)»

artigo completo in Jornal de Notícias

Mais um punhado de breves

- O novo álbum dos Cure, intitulado «4.13 Dream», é lançado no final do mês. Entretanto, a banda tocou-o integralmente numa actuação televisionada no passado Sábado. O site da Blitz contém os vídeos de todas as músicas alinhadas aqui.

- Início do ano das universidades traz semanas de recepção ao estilo de uma Queima de início de ano. Coimbra tem Sugababes, Silicone Soul, Chus e Ceballos, Sérgio Godinho, Da Weasel, Xutos & Pontapés, Rui Veloso, Classificados, You Should Go Ahead, entre outros. Aveiro tem José Cid, Wraygunn, Ana Free, Irmãos Verdades, X-Wife e Slimmy.

- Está para breve o concerto dos dEUS: no próximo Domingo, 19 de Outubro (Aula Magna, Lisboa) e a 21 de Outubro, no Teatro Sá da Bandeira, no Porto. A abrir estará o mais recente fenómeno português, saídos da igreja baptista: os Pontos Negros.

- «Tonight», o novo disco dos Franz Ferdinand, estará à venda a partir de 26 de Janeiro.

- Os Sisters of Mercy voltam a Portugal para uma actuação no Coliseu dos Recreios a 16 de Março.

- Na altura em que lançam finalmente o seu primeiro «longa-duração», os Buraka Som Sistema ganharam o prémio MTV para melhor artista português, concorrendo com Rita Redshoes, Sam The Kid, Slimmy e The Vicious Five. No passado o prémio foi para os Blind Zero, Da Weasel (2004 e 2007), The Gift, e Moonspell.

Oasis em Portugal

Pavilhão Atlântico, 15 de Fevereiro, bilhetes entre 28 e 40 euros.

Chama Perpétua

Ei malta, é só para informar quem não sabe que saiu o novo álbum do nosso shredder favorito (depois do Fred Durst), o Yngwie Malmsteen.

O que é que isso interessa? - perguntam vocês, enquanto se escondem num bunker anti-nuclear?

Nada! - respondo eu - Vou só deixar isto aqui:

capa mai linda!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Steal This Comic

I spent more time trying to get an audible.com audio book playing than it took to listen to the book. I have lost every other piece of DRM-locked music I have paid for.

xkcd - A webcomic of romance, sarcasm, math, and language.

R.I.P. Anselmo


Seis anos depois e com muitos concertos na bagagem, chegou ao fim o Ensemble de Guitarras do Conservatório do Porto, numa decisão controversa por parte da direcção. Apesar de toda a frustração, vamos tentar concentrar-nos em continuar a dar o nosso melhor. Aguardem novidades, companheiros anselmonianos.

Da minha parte obrigado a todos que participaram, assistiram ou simpatizaram com o projecto. E sobretudo, obrigado ao Maestro (!) Paulo Peres, pela paciência inesgotável.

Oscar

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A condenação de Beethoven

Só mesmo nos states...

«Andrew Vactor, fã de hip-hop norte-americano levado a tribunal por ouvir música demasiado alto no seu automóvel, foi condenado por uma juíza do tribunal de Illinois a pagar uma multa de 150 dólares (aproximadamente 110 euros), mas poderia ter pago consideravelmente menos (26 euros) se tivesse aguentado 20 horas a ouvir Beethoven.
Segundo notícia da Associated Press, Vactor acedeu rapidamente à proposta, mas só conseguiu aguentar 15 minutos de música clássica. "Não consegui aguentar aquilo. Decidi pagar a multa".
A juiza disse que queria que Vactor percebesse o quão difícil é ouvir música de que não se gosta: "Penso que muita gente não gosta de ser forçada a ouvir música", mas acreditava que esta experiência o fizesse "abrir horizontes".»

in Blitz

História do rock português em 39 imagens


«A exposição Espelho meu: História do rock português em 39 imagens, dos artistas plásticos Sardine & Tobleroni inaugura esta Sexta-feira, 10 de Outubro, na galeria do Plano B, no Porto.
(...) as 39 imagens pintadas a quatro mãos por Sardine, nome artístico do músico português Victor Silveira, (...) e Tobleroni, pseudónimo do suíço Jay Reishner, sobe ao norte com o elogio a figuras do rock português como António Variações [na imagem], os GNR, o radialista António Sérgio ou o fotógrafo Cameraman Metálico.
(...) A exposição estará patente até 1 de Novembro

in Blitz

ver cartaz

domingo, 12 de outubro de 2008

Carl Orff a dar voltas no túmulo


Carmina Burana, de Carl Orff, dia 10 de Outubro de 2008 no Coliseu do Porto


Já há muitos anos que queria ver ao vivo uma interpretação da célebre cantata cénica de Carl Orff. Ainda não foi desta.
Apesar de tudo se parecer encaminhar nesse sentido: antes de comprar os bilhetes li boas reviews, consultei o site da companhia (Ballet Flamenco de Madrid), muita publicidade. Uma suposta inovação na interpretação no bailado. Bom...
Antes de começar o espectáculo (com um belo atraso, parece que muita malta fina demorou a encontrar os vestidos enterrados no baú) ouvimos uns senhores atrás de nós comentarem: "nós nem gostamos disto, só viemos porque ele (o filho) tem que começar a ver coisas destas", e comecei a ficar preocupado. Desligam-se as luzes, continuam a ouvir-se telemóveis, ruído, pessoal a falar, cadeiras a ranger. Não estava a correr bem. Pior correu quando o primeiro acorde de "O Fortuna" soou num volume absurdo e com um timbre de plástico: estávamos a ouvir um CD! Parece que afinal quando se compra um bilhete para a Carmina Burana no Coliseu do Porto não se pode esperar ir ouvir música ao vivo...
Apesar do início atribulado, lá nos convencemos a tirar o máximo partido da experiência. De certeza que eles iam compensar com a qualidade do bailado, que outra justificação haveria para não se levar músicos? Acontece que os músicos não fariam o que ouvimos de seguida: um CD riscado que no fim de "Fortune Plango Vulnera" - o segundo momento da obra - saltou uma faixa para trás, e com a diferença de intensidade fez a coluna dar um estalo brutal. De resto, até ao fim da actuação os estalos, saltos e riscos foram uma constante, até se tornarem verdadeiramente insuportáveis. Juntem a isso uma péssima equalização que põe em primeiro plano o ruído de fundo do CD (que qualquer gravação tem), e têm uma receita infernal. Ao menos pudemos assistir a vários momentos cómicos com técnicos de som completamente às aranhas, em pânico e sem saber o que fazer.
Quanto ao bailado em si, e à encenação, posso dizer que esteve a par da vergonha a que assistimos: nunca os bailarinos estiveram sincronizados, havendo até momentos em que ficavam parados no meio do palco a rirem-se e a olhar sabe-se lá para onde porque não sabiam para onde deviam ir. Bailarinos que olhavam para os outros a tentarem imitá-los porque não sabiam a coreografia. Momentos de sapateado em conjunto que resultaram numa batida contínua porque estava cada um para seu lado. Um desajustamento completo face à obra: por exemplo, dançar o "Circa Mea Pectora" com vestidos verdes fluorescentes e com os passos do Can-can. Uma máquina de fumos daquelas dos concertos Rock que só funcionava quando a música estava em pianíssimo - conseguindo a incrível proeza de se sobrepor aos ruídos do CD!
Para abrilhantar ainda mais a coisa, temos o público que sempre que ouvia um acorde em fortíssimo desatava a bater palmas - apesar de a música continuar (isto é, quando não voltava para trás). Ao menos com músicos sempre podíamos fazer aquele compasso de espera ridículo entre andamentos, à espera que o público se cale.
Um pesadelo, de longe o pior espectáculo a que já fui. O Coliseu não se devia dar ao luxo de ter na sua programação (tantos e tão bons concertos que já lá vimos!) um ultraje destes. De fugir!

Oscar

sábado, 11 de outubro de 2008

Breves de Outubro

Muitas e breves:

- Os Rush vão lançar o terceiro volume do seu best of «Retrospectives» (tracklist) e circulam rumores de uma nova tour ou de um EP.

- O dia 4 de Novembro traz a edição de uma caixa dos Led Zeppelin (importação japonesa), com todos os álbuns em réplica mini-LP (info).

- O dia 17 de Novembro trará «The Singles Collection Box Set Volume 1» dos Queen. Belo! (info)

- O Blitz tem publicado na sua página web fotos de vários artistas quando crianças (parte 1, parte 2, parte 3)

- O dia 23 de Novembro traz «Chinese Democracy» dos Guns n' Roses (sim, parece que é desta!).

- O concerto dos Depeche Mode no Super Bock Super Rock do próximo ano será no estádio do Bessa XXI.

- «Sam The Kid juntou-se ao baterista Fred Ferreira (...), ao DJ Cruzfader, ao baixista Francisco Rebelo e ao teclista João Gomes (...) no projecto Orelha Negra. (...) os Orelha Negra estão a trabalhar em novos temas desde há um ano e meio e a sonoridade reflecte as influências de cada um dos cinco elementos, do hip-hop ao funk, do jazz à electrónica.» (myspace) in iol Música

- Depois do Guitar Hero e do Rock Band, o próximo passo traz o DJ Hero (info).

- Do lado dos Radiohead, tivemos o 1º aniversário do lançamento do «In Rainbows», o 40º do Tom Yorke, e os rumores de concertos na América Latina e da participação do Tom num novo single da Bjork.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Moonspell lançam DVD

Pasme-se o mundo do metal nacional! Quem segue a carreira dos Moonspell desde o tempo em que eles faziam música decente - sim, pessoal velho - sabe que o «DVD dos Moonspell» é como o «Chinese Democracy» dos Guns n'Roses ou como o Benfica ser campeão para o ano que vem.
Depois de muitos adiamentos e nomes (evoluindo de acordo com a pose do momento) e resolvidos os problemas de copyright invocados em adiamentos passados, está aí para saír o aguardado «Lusitanian Metal»... Dia 21 de Novembro vê a luz do dia (ha!) o duplo DVD que reúne, além do esperado concerto na Polónia de 2004 no primeiro disco, material raro e antigo das várias digressões num espectacular segundo disco que será interessante de ver.

DVD 1
LIVE AT THE CITY OF RAVENS (Metalmania, Poland 2004)
TOUCH ME IN THE EYES (video compilation from Opium to I will see you in my dreams, including the never seen making of from Everything invaded)
CENTURY MEDIA YEARS (Discography)
KNOWELDGE (Graveyard impressions, exclusive and extensive interview with the band members shot in a Lisbon graveyard)


DVD 2
Small Hours - The Early Days (1992-1994)
Live Rehearsal
Moonspell's First Show
Supporting Cradle of Filth

Strange Are the Ways of the Wolfhearted Tour (1995-1996)
Supporting Napalm Death

Perverse Almost Religious (1996-1997)
Krakow 1996
Dortmund 1996 (previously unseen)

It's a Sin Tour (1997-1999)

Ermal 1999

The Butterfly Effect Tour (2000-2001)

Coliseu 2000

Darkness and Hope Tour (2001-2003)
Release Party for "Darkness and Hope"
Ermal 2002

Spreading the Eclipse Tour (2003-2005)
With Full Force - 10th Anniversary
Istanbul 2004
Athens 2004
Hard Club 2004
Tejo 2005

Alinhamento completo aqui.

PS: O site dos Moonspell, cuja remodelação é tão antiga quanto as notícias do DVD, também já está online. Dois milagres duma vez só.

Glastonbury recusou Pink Floyd

Já não bastava o referido há tempos, sabe-se agora isto:

«Rick Wright, teclista dos Pink Floyd recentemente falecido, queria ter tocado na edição deste ano do festival de Glastonbury mas o concerto da banda foi recusado pela organização devido a questões logísticas. Apesar de ser um dos últimos desejos do músico, que travava uma longa batalha contra o cancro, o festival não conseguiu encaixar a banda no cartaz.
Foi o colega de banda David Gilmour quem revelou a história ontem na cerimónia de entrega dos prémios da revista Q, onde os Pink Floyd receberam um prémio de carreira. Segundo notícia do jornal Guardian, Gilmour disse: "Uma das últimas coisas que ele queria ter feito, neste último ano, era tocar num grande festival, como o Glastonbury. Não conseguimos fazê-lo por toda uma série de estranhas razões, o que é uma pena".
Emily Eavis, uma das organizadoras do festival, já respondeu às declarações de Gilmour, dizendo que o sucedido nada teve a ver com os Pink Floyd e que o problema foi mesmo o facto de não os conseguirem encaixar no cartaz. Eavis disse: "Recebemos uma chamada do agente deles três semanas antes do festival e já tínhamos contratado três cabeças de cartaz, a única hipótese era tirar algum deles e nunca fizémos isso antes. Não podíamos dizer apenas 'desculpem, mas vão ter de tocar antes de alguém porque apareceu uma banda maior'". (Uma das hipóteses consideradas foi a de passar os Kings of Leon para segundo plano).»

in Blitz online

Sem comentários.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

O Shred do Fred

Lembram-se dos bons velhos tempos em que a música era boa? Pois, eu também não. Mas lembro-me de ver o Fred Durst a provar em palco que não só é um cantor de primeira linha como também sabe tocar guitarra como ninguém (literalmente)!

Isto é um pedaço daquilo que nos espera quando essa grande banda se rerereunir:

Fred mostra que mesmo sem Wes a banda tem um guitarrista à altura!

Biscoito Estragado

Mais más notícias. O diz que disse dos internets anuncia que os Limp Bizkit podem estar a reunir-se. O rumor surgiu após uma mensagem de Fred Durst no myspace da banda:

"Hello my dear family members. Yes, it has been a while. But a while worth the wait"

"It is getting very close to time to drop the Bizkit on the universe. I say this with the absolute best intentions and motivation."

"We, Limp Bizkit, are excited about the future for us and for you. LBF is the way. LBF is for life. Let's stir some shit up my friends."

É ainda de referir que o guitarrista Wes Borland continua sem se aliar à causa, estando empenhado nos seus projectos como é o caso de Black Light Burns, banda onde é vocalista com álbum editado no ano passado, Fear and the Nervous System, uma super-banda com membros de Korn, Bad Religion e Faith no More, tudo isto além de se ter juntado à banda de Marylin Manson como anunciado numa conferência de imprensa em Agosto.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Depeche Mode no Porto

Muita gente vai ficar contente com isto...

«Os Depeche Mode são o primeiro grande nome confirmado para os festivais lusos em 2009. A promotora «Música no Coração» anunciou que a banda de Dave Gahan, Martin Gore e Andrew Fletcher vai estar presente no dia 11 de Julho, no 15º Super Bock Super Rock, no Porto

in iol Música

O Melhor Bigode do Rock - Resultados da votação

Depois de alguns dias com votações abertas, eis chegado o momento mais aguardado (ou não, até porque era possível averiguar as votações).

3º Lugar - Lemmy Kilmister: Toda a testosterona de Lemmy junta com alguma droga vale-lhe um terceiro lugar n'O Melhor Bigode do Rock. O bigode enfeitado com verrugas leva medalha de bronze!

2º Lugar - Frank Zappa: Marca registada é sempre sinal de prestígio. Cuidado fãs mais leais: andar com um bigode destes para celebrar pode levar ao pagamento de direitos de autor!

1º Lugar - Freddy Mercury: Muitos poderão alegar que o nosso medalha de ouro não tem o bigode mais farfalhudo, nem o mais badalhoco, nem o mais rebuscado, o que só prova uma coisa: o que interessa não é o bigode, mas o que fazes com ele. O bigode de Freddy é dos grandes patrimónios do rock!

Tenho um bigode deste tamanho!!

Dobrar Circuitos

Num dos primeiros posts deste blog, não sei se se lembram, o nosso amigo Pedro mostrou um vídeo da Nude de Radiohead tocada com instrumentos pouco ortodoxos.

Cada vez mais há exemplos no youtube do chamado circuit bending, ou seja, modificar aparelhos electrónicos e brinquedos de modo a criar novos instrumentos.

Scanner Scanjet - Vivaldi Spring


Van Halen em disco duro


Drive de disketes espacial

domingo, 5 de outubro de 2008

Featured Artists Coalition

«David Gilmour has joined with other major arts such as Bryan Ferry, Jools Holland, Radiohead, Robbie Williams, Iron Maiden and the Kaiser Chiefs, all signing up to a new pressure group, the Featured Artists Coalition.
FAC campaigns for the protection of performers' and musicians' rights. They want all artists to have more control of their music and a much fairer share of the profits it generates in the digital age. Their aim is to speak with one voice to help artists strike a new bargain with record companies, digital distributors and others, and are campaigning for specific changes.
The coalition is also intending to speak up for artists' rights. It wants changes to copyright law and for the rights of performers to be brought in line with those of songwriters. The body noted that when a song is played in a TV advert, on US radio or in a film, its authors are paid but the performers are not.
(...)
Talking about the FAC, Radiohead guitarist Ed O'Brien said: "For us, this is a no-brainer of an issue and we believe that all artists and musicians should be signing up to this too".»

in Brain Damage

Flautista Beatbox

Palavras para quê?

Greg Pattillo - "Peter and the Wolf"

Fading Commission @ GARE

Os amigos Fading Commission (myspace) são um bastião da testosterona no panorama metrosexual do rock português. O seu kick-ass-big-balls-rock-and-fucking-roll traz para os nossos dias algo dos 70's, de blusão de cabedal e pelo no peito, com muita energia, muita garra e muita guitarra.
No passado dia 26 fui vê-los ao GARE club. Às músicas antigas - que já conhecia - juntaram-se músicas novas dum álbum que há-de estar por aí a rebentar, mantendo-se fiéis aos seus predicados e entregando uma actuação coesa numa boa noite para o rock'n'roll. Infelizmente, não vi o concerto até ao fim mas não podia deixar de mandar o bitaite e divulgar uma banda que hei-de continuar a acompanhar.
Rock on!

sábado, 4 de outubro de 2008

Um dia de folk em Quintandona

No passado dia 20 rumei ao belo e rústico lugar de Quintandona, freguesia de Lagares, concelho de Penafiel para marcar presença no festival com o nome mais rijo deste país: o 2º Festival do Caldo e da Música Tradicional de Quintandona. Juntando os ingredientes da ruralidade, um caldo chamado de «Levanta Mortos» e cabeçudos a arder temos um espectáculo pitoresco, presenciado pelos inúmeros chefes de família de bigode farfalhudo e freaks genéricos.
Chegar lá não foi muito difícil, haviam várias setas a indicar o caminho e Quintandona não é muito afastado da estrada nacional. A chuva, no entanto, ameaçava estragar a festa. Felizmente, o meu telefonema para o compadre S. Pedro fez com que parasse ao fim da tarde e não voltasse mais. Infelizmente não parou a tempo de não encharcar os cabos e restante material eléctrico atrasando em 2 horas o início dos espectáculos e fazendo com que a noite acabasse já de madrugada.
Em relação aos espectáculos - que não fui lá só pelas bifanas e pelas sandes de porco no espeto - foram completamente opostos. O certo e o errado, o divertido e o monótono, o profissionalismo e o - perdoem-me - amadorismo.
A noite começou com os portuenses Comvinha Tradicional. O grupo desempenhou bem a sua função em termos técnicos mas a sua postura de músico-sentado-a-tocar-e-a-olhar-para-o-chão transformou melodias animadas e joviais em algo monótono e aborrecido. Uma pena.
Já o concerto dos Toques do Caramulo, com as suas modinhas de Águeda, foi uma lufada de ar fresco. Interacção e animação q.b. para um público que - para ainda lá estarem a uma hora tão tardia - tinha ido ao festival (em grande parte) pelos concertos. Foi muito bom. Uma atitude contagiante, uma execução técnica de qualidade, uma festa!
Esperemos que para o ano haja mais.

7º Festival «O Gesto Orelhudo»

Começou ontem em Águeda a 7ª edição do Festival «O Gesto Orelhudo» - ou FOGO - «dedicado à musicomédia internacional, [apresentando] a sua mais planetária edição de sempre, com grupos e artistas da Alemanha, Itália, França, Espanha, Portugal, Cuba, Equador, Argentina e Austrália.» O festival, organizado pela d'Orfeu, decorre até dia 10 na Tenda do Espaço d'Orfeu. Eu cá gostava de ir ver o espectáculo de dia 10, o cruzamento do folk mirandês com a serra do Caramulo promete!

Links:
informações no blog da d'Orfeu
informações no site da d'Orfeu

livreto electrónico
vídeo promocional

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Cabeça de Video

Já é conhecido o vencedor do desafio lançado pelos Radiohead, de criação de um vídeo para o novo single do In Rainbows, Reckoner. O trabalho é de Clement Picon (?) e vale bem a pena ver (ou contemplar):




Obrigado à Angie pelo "heads-up"

A Geração Romântica

Ao fim de cerca de dois meses sem cá pôr os pés - refiro-me a escrever posts, pois não deixei de ler os - muitos - que foram saindo - estou de volta.

E para voltar, só podia escrever sobre este livro absolutamente fascinante, que há dois meses é leitura diária (vários capítulos têm sido alvo de repetida leitura...). Sobre este The Romantic Generation, apenas algumas breves palavras:

i) não conheço ninguém que escreva sobre música como Charles Rosen; é ao mesmo tempo densíssimo e ligeiríssimo, extraordinariamente profundo mas bem humorado, nunca banal nem pedante;

ii) todos os capítulos têm pontos de vista originais sobre os assuntos que versam - desde considerações estéticas gerais sobre o romantismo a ensaios sobre Chopin, Liszt, Mendelssohn, Berlioz, Schumann e a ópera no século XIX;

iii) os três ensaios sobre Chopin (quase um total de 200 páginas) são incrivelmente penetrantes e desfazem uma série de mitos sobre o polaco (não sabia construir grandes formas, é lamechas, etc, etc) - mais notícias sobre isso num post futuro (ou em posts futuros).

O livro leva-nos a reconsiderar todo o período (séc. XIX) e, no meu caso, só tem contribuído para aumentar o fascínio pela música desta época (sobretudo Chopin, Schumann e Liszt). Aconselho vivamente, sobretudo, a pianistas e compositores, mas o apelo do livro é, na verdade, para todos os músicos e amantes da música.

Para que isto não seja só texto, deixo uma das peças mais brilhantemente analisadas no livro (a terceira balada de Chopin):



Daniel.

Manel Cruz na Blitz

«A BLITZ levou as dúvidas mais pertinentes dos leitores do BLITZ até Manel Cruz, que respondeu com toda a paciência. Satisfaça aqui a sua curiosidade.»

A próxima edição da Blitz trará uma estrevista ao Manel.

«Eu fiz um ou dois playbacks, um no Júlio Isidro e outro já não sei onde, e detestei. Não vou dizer que não faço playbacks porque é uma cena pura... Eu não gosto, acho pobre, mas é a minha opinião e respeito quem faça. Para mim [as pessoas que fazem playback] estão, de alguma maneira, a enganar as outras pessoas, mas como toda a gente sabe [que é playback] e diz lá, é como o wrestling. Eu não me identifico, como tal não gosto de fazer.»

Questões Existenciais

Desde sempre a humanidade exprimiu musicalmente todas as suas preocupações. O amor, o ódio, a guerra, a paz, os problemas sociais, as dúvidas filosóficas, a econometria. Aqui fica um exemplo desta última, tantas vezes neglicenciada por nós músicos.

Econometrics Song by um professor maluco qualquer



Gonna run run, run, run those regressions away!!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Portugal. O Gajo

Há uns anos ouvi esta banda (Portugal. The Man) porque achei o nome estranho. Eram uns gajos dos post-hardcore-cenas (não gostei nada). Ontem, em deambulação pelos internets, deparei-me com eles de novo e como o allmusic dava ao último album uma boa cotação decidi ouvir e tenho a dizer que gostei.


É nestas alturas que fica bem dizer: vivam os Radiohead! Já começa a ser elevado o número de bandas que foram "salvas" pela inspiração divina trazida à terra por estes malucos (literalmente).

Cabeças de Rádio aparte, fica aqui um cheirinho de Portugal. O Gajo:
Portugal. The Man - And I

Está a chegar...


Está aí a chegar um concerto muito esperado pela malta do progressivo. A abrir os Porcupine Tree estarão os britânicos Pure Reason Revolution (myspace). Vê-mo-nos lá ;)

Se esta rua fosse minha...

Não, não vos falo do flagelo musical que os Superteen celebrizaram nos anos em que o Big Show SIC era mais concorrido que o shopping nos fins-de-semana portugueses. Este Sábado, dia 4, tem lugar na Rua Cândido dos Reis, aos Clérigos, no Porto o festival "se esta rua fosse minha...", festival multidisciplinar e diversificado organizado pelo Plano B.

O cartaz completo pode ser visto aqui.

Paul Gilbert em Portugal

Dia 1 de Novembro no Cinema Batalha no Porto, 21h, €20, abertura a cargo dos Shamans of Rock.

Dia 2 no Music Box em Lisboa, 22h30, €22.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Camané no Porto

Dia 27 de Novembro, Coliseu do Porto, preços simpáticos de €15 a €25. Info aqui.

Tão altos como leões

Estava sem nada novo para ouvir e decidi ir ao myspace. Fui procurando bandas ligadas a bandas que eu gosto e acabei por encontrar algumas bastante interessantes. Uma delas é As Tall As Lions. Uma banda de indie rock ou o que lhe queiram chamar.

Ouvi o último LP (estou a falar do de 2006, embora esteja marcado um lançamento para este ano) e chamou-me a atenção um cheirinho bom a Radiohead na maneira fófinha como estes nova-iorquinos fazem o seu pop-rock. Utilizam umas electrónicas aqui e ali, sempre muito subtilmente, além de que as músicas são bonitas e bem tocadas.

Não há grande coisa no youtube. Fica um appetizer mas tenham em mente que o álbum tem músicas melhores.

As Tall As Lions - Ghost of York

Feliz Dia da Música!

«Music is not dead, it just smells funny.»