segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Orquestra no Metro do Porto

«O Metro do Porto celebra a 1 de Outubro o Dia Mundial da Música com um itinerário musical nas estações da sua rede, disse esta quarta-feira à agência Lusa fonte da empresa. Numa iniciativa conjunta, a Casa da Música e o Metro do Porto oferecem ao público em geral um itinerário musical aberto a clientes, levando Beethoven num passeio inédito desde meio da manhã até final da tarde.
Os diferentes naipes da Orquestra Nacional do Porto (ONP) vão distribuir-se por várias composições do metro, convergindo para a estação de S. Bento. Viajando nos veículos, em todas as linhas e a partir de vários pontos da rede, os músicos da ONP levam fragmentos da 5ª Sinfonia de Beethoven até à Estação de São Bento. Assim, a partir das 15h30, ao entrarem em algumas composições, os passageiros são recebidos por um naipe da ONP em plena execução daquela obra musical. À sua espera, na estação de S. Bento, está a maestrina Joana Carneiro que, uma vez reunida a orquestra, dirigirá o primeiro andamento daquela obra. Este breve concerto, que terá lugar pelas 16h30, no mezanino da Estação de São Bento, constitui o ponto alto das comemorações do Dia Mundial da Música.

Antes disso, desde as 11h00, o Serviço Educativo da Casa da Música propõe a quem queira ter uma participação mais activa nesta comemoração a construção de uma composição colectiva que vai ganhando forma ao longo do dia, a partir dos sons que vão sendo «depositados» em vários pontos de recolha instalados em estações do Metro. Músicos e não-músicos são convidados a dar o seu contributo através dos mais variados sons dos seus instrumentos ou da voz.
Em estações devidamente seleccionadas (Casa da Música, Trindade, Bolhão, Marquês), são instalados Pontos de Recolha e o material sonoro vai sendo progressivamente transportado para a Estação de São Bento por correios sonoros» que viajam no Metro. Esta «obra do dia» é uma colagem feita a partir do material gerado por todos os participantes e quem passa pode ser «executante» ao accionar os sensores do Sound=Space - instrumento musical electrónico que transforma em sons todos os movimentos realizados num determinado espaço.
O resultado global será apresentado na Estação de Metro de São Bento.»

in iol música

O regresso dos Travis

Saiu hoje o novo álbum dos Travis «Ode To J. Smith». Anda por aí aquela conversa do "ai, ui, é o regresso às origens". Eu que nunca acredito nessas tretas nostálgicas sem fundamento ouvi o single, ouvi o EP, ouvi os novos temas que estão no myspace. Tenho a dizer que sim, está diferente, tem mais guitarras, sobretudo mais eléctrico em vez do acústico dos álbuns mais conhecidos. Mas nada do indie da era «Good Feeling». Por mim, ainda bem. Hei-de comprar o álbum e logo poderei afirmar mais coisas. Segue a capa e o alinhamento.

1. Chinese Blues
2. J. Smith
3. Something Anything
4. Long Way Down
5. Broken Mirror
6. Last Words
7. Quite Free
8. Get Up
9. Friends
10. Song to Self
11. Before You Were Young


"On their sixth album, the band finally display a disregard for expectations and turn the guitars up to 11."- Independent On Sunday.

"Flitting joyfully between gonzo rock opera (no, really), Silver Sun shining power-pop and their Good Feeling debut, it's a joyous racket. Always better as underdogs, it's a band whose only link to their past is great melodies. 8/10" - Planet Sound

"This album is certainly a rush. Their re-embrace of rock is a move forward, rather than a step back – a return to form." - BBC Music

O fim da novela Zeppelin

Finalmente acabou a novela do enjoativo diz-que-disse em torno da reunião dos Zeppelin. Fãs chorem baba e ranho. Eu por cá não volto a escrever sobre isto a não ser que haja algo oficial vindo da boca dos intervenientes.

«O vocalista dos Led Zeppelin, Robert Plant, veio a público desmentir os rumores que davam como certa a sua participação numa digressão da banda inglesa em 2009.
Num comunicado publicado no seu site oficial, Plant esclareceu que depois de terminada a tournée com a cantora e violinista Alison Krauss, no dia 5 de Outubro, o cantor não pretende regressar aos palcos durante os próximos dois anos.
«É igualmente frustrante e ridículo que esta história continue a emergir quando todos os músicos que fazem parte dessa história estão desejosos em avançar com os seus projectos individuais», escreveu Plant.
O jornal The Sun tinha avançado na passada semana que Robert Plant tinha finalmente aceitado reunir-se com os restantes membros dos Led Zeppelin para um digressão em 2009.
Segundo a mesma notícia, Jimmy Page, John Paul Jones e Jason Bonham teriam mesmo chegado a fazer entrevistas com candidatos ao lugar de vocalista da banda, antes do alegado «sim» de Plant, agora desmentido pelo próprio cantor.
«Desejo todo o sucesso em quaisquer futuros projectos para o Jimmy Page, John Paul Jones e Jason Bonham», acrescentou.
Este terá sido o ponto final de uma novela que durou quase um ano, depois do regresso aos palcos dos Led Zeppelin num concerto em Londres, na O2 Arena, em Dezembro de 2007. Desde então, os fãs têm pedido uma digressão mundial, mas Robert Plant sempre recusou uma nova reunião da banda inglesa.»

in iol música

Dream Theater: Chaos in Motion

«The band will release Chaos In Motion 2007/2008, which documents their "Chaos In Motion" world tour (...). It's essentially a travelogue of their most recent touring experience and it hits shelves on September 23. Chaos In Motion 2007/2008 will be available in two configurations: as a double DVD set and as five disc collector's set which includes two DVDs and three CDs, containing 14 live tracks featured in the DVD set and expanded artwork.

Chaos In Motion 2007/2008 is the latest in a series of DVDs from the band and it features performances captured throughout the entirety of the tour (...). He [Mike Portnoy] assembled over three hours of complete live performances, taking footage from shows in Rotterdam, Buenos Aires, Toronto, Boston, Bangkok and Vancouver. The tracks were mixed and effectively brought to life by Kevin Shirley. The second disc is packed with bonus material, including promo videos, live screen projection films, a photo gallery and a 90-minute documentary (...) as it takes you on the road and behind the scenes with the band and crew.

Disc One: "Around The World In 180 Minutes" Live Concert Footage

1. Intro/Also Sprach Zarathustra
2. Constant Motion
3. Panic Attack
4. Blind Faith
5. Surrounded
6. The Dark Eternal Night
7. Keyboard Solo
8. Lines In The Sand
9. Scarred
10. Forsaken
11. The Ministry Of Lost Souls
12. Take The Time
13. In The Presence Of Enemies
14. Medley: I. Trial Of Tears II. Finally Free III. Learning To Live IV. In The Name Of God V. Octavarium

Disc Two:
  • "Behind The Chaos On The Road" Documentary
  • Promo Videos: Constant Motion, Forsaken, Forsaken (In Studio), The Dark Eternal Night (In Studio)
  • Live Screen Projection Films: The Dark Eternal Night (N.A.D.S), The Ministry Of Lost Souls, In The Presence Of Enemies Pt. 2
  • Mike Portnoy Stage Tour
  • Mike Portnoy Backstage Tour
  • Photo Gallery»

domingo, 28 de setembro de 2008

Tributo a Carlos Paião

Isto dos tributos anda a virar moda em Portugal (finalmente!). Chega amanhã às lojas o tributo a Carlos Paião. Visto com imenso respeito por uns, e com divertimento por outros, não há quem não conheça uma música do senhor, seja a irónica «Playback» ou as baladas «Cinderela» e «Pó de Arroz». Se estou com curiosidade quanto às participações de Tiago Bettencourt (aposto que vai soar parecido em timbre), Sam the Kid (instrumental? promete!), Mesa e Vicious Five já não estou tão expectante quanto aos 4Taste e OIOAI... mas hey! há que agradar a todos (ou não). Segue-se o alinhamento.

01 Rui Veloso - «Cinderela»
02 Tiago Bettencourt - «Pó de Arroz»
03 Donna Maria - «Vinho do Porto»
04 Filipa Cardoso & Fábia Rebordão - «Cegonha»
05 Polo Norte - «Eu Não Sou Poeta»
06 Perfume - «Versos de Amor»
07 M.A.U. - «Ga-Gago»
08 Mesa - «O Senhor Extra-Terrestre»
09 Loto - «Telefonia nas Ondas do Ar»
10 Balla - «Não Há Duas sem Três»
11 Sam The Kid «Playback (Instrumental)»
12 4Taste - «Playback»
13 OIOAI - «Discoteca»
14 Vicious Five - «Zero a Zero»

O vocalista português mais carismático


«Paulo Furtado, The Legendary Tiger Man e mentor dos Wraygunn é o grande vencedor da votação BLITZ para o vocalista português mais carismático.
Contabilizados os votos desde a passada Quarta-feira até hoje, às 14h00, o Foge Foge Bandido e ex-Ornatos Violeta Manel Cruz aparece num renhido segundo lugar, a um ponto de Furtado, e o saudoso António Variações arrebata logo abaixo o terceiro posto.

Contactado há instantes pela BLITZ, Paulo Furtado confessou-se satisfeito com a distinção dos leitores.
"É sempre muito relativo, mas fico muito lisonjeado. Acho que estas coisas são como ter de escolher 'o disco do ano'... Não é bem uma competição, é algo mais afectivo", disse Furtado ao telefone, bem disposto com o título surpresa. "Fico muito contente por ver essa mesma afectividade ao vivo, mas se calhar havia pessoas mais importantes...", acrescentou.

E em quem é que votaria o "Homem Tigre"? "Há muitas pessoas que eu admiro. O Adolfo Luxúria Canibal é um marco, o Rui Reininho outro. O António Variações noutro tempo, e a Amália Rodrigues, claro...", responde.

Também apanhado de surpresa pela distinção, Manel Cruz que esta tarde foi entrevistado pela BLITZ no Porto, disse estar muito satisfeito com o segundo lugar, considerando ainda Paulo Furtado um vocalista cheio de carisma e, como tal, um justo vencedor.

(...)

1. Paulo Furtado - Wraygunn/Legendary Tiger Man (54)
2. Manel Cruz - Foge Foge Bandido/Ornatos Violeta/Pluto/Supernada (53)
3. António Variações (30)
4. Adolfo Luxúria Canibal - Mão Morta (28)
5. Jorge Palma (25)
5. Manuela Azevedo - Clã (25)
6. David Fonseca (20)
7. Zeca Afonso (17)
8. Sérgio Godinho (14)
8. Tim - Xutos &Pontapés (14)
9. Rui Reininho - GNR (13)
10. João Ribas - Tara Perdida (12)

(...)»

Artigo completo in Blitz

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Black Strat

Com o lançamento no passado dia 23 do álbum/dvd «Live in Gdansk» é também disponibilizada no mercado uma réplica da famosa Fender Stratocaster preta de David Gilmour - conhecida pelos amigos como «Black Strat» - com direito a mini-site aqui. Informações, história e cronologia, além de downloads.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O Melhor Bigode do Rock - votação

Esta é a área de votação para O Melhor Bigode do Rock. Por favor consulte a lista dos candidatos no post abaixo. Obrigado!








































O Melhor Bigode do Rock - apresentando os candidatos

Feliz dia do bigode a todos os amigos inarmónicos!

A dar um ar de temático, decidi tirar teimas de uma vez por todas e dar a oportunidade aos leitores de elegerem O MELHOR BIGODE DO ROCK! *som de trovões*

Sem mais demoras, apresentando de seguida os candidatos com uma pequena descrição:

Carlos Santana (Santana) - Ahhh, o bom e velho bigode à pai de família... Simples, acentuando o ar latino do nosso caríssimo Santana, este bigode Santana lembra-nos constantemente que este guitarrista também defende bons valores tradicionais.






Tony Iommi (Black Sabbath) - Os Black Sabbath são os pais de tudo o que é metal e por isso não é de estranhar que este poderoso bigode também seja visto na cara de um dos guitarristas mais influentes de sempre. Além da simplicidade do bigode tradicional, o bigode Iommi começa a descer ligeiramente dos lados, inspirando futuros rockeiros a voos mais altos (ou bigodes mais parvos).



Frank Zappa - O Avô do prog tem aquele que é provavelmente o único bigode desta lista que é MARCA REGISTADA! O bigode Zappa, com o seu aspecto imperial, ganha ainda mais força com a ajuda da sua fiel e amiga mosca quadrada. Um candidato de peso!






Freddy Mercury (Queen) - Considerado por muitos o melhor frontman de sempre, Freddy utilizou, durante grande parte da sua carreira, esta máquina farfalhuda de engate! E pelo que consta, tanto homens como mulheres caiam face ao charme irresistível deste colosso.







James Hetfield (Metallica) - Muitas vezes acompanhado de Mullet para duplicar a grandiosidade, este é o típico bigode Hetfield, remetendo-nos para paisagens mais áridas onde se dão uns tiros e se anda a cavalo. Repare-se como segue a linhagem de Iommi intensificando o bigode na descida. Hetfield eleva o bigode cowboy a outros patamares.


Lemmy Kilmister (Motörhead) - Enquanto o bigode Hetfield ameaça, o bigode Kilmister chega mesmo a unir-se à barba dos lados da cara para pontos extra de masculinidade! Não que alguém com KIL e MISTER no nome precise... O bigode deste rei do deboche é uma instituição para todos os motoqueiros do mundo!



Jesse Hughes (Eagles of Death Metal) - reza a lenda que este bigode terá já estado em contacto com muitas zonas pélvicas bem mais ralas (e bem mais adolescentes). O bigode Hughes transpira sensualidade, grande parte das vezes para cima de uma qualquer Suicide Girl e só por isso este senhor merece destaque na história do bigode!



George Harrison (The Beatles) - No início da sua carreira ninguém poderia prever que a cara adolescente de Harrison viria a dar lugar a este look de homem de família.
Uma mistura entre o look inglês e os gurus indianos, este bigode tem o melhor de dois mundo, trazendo misticismo à vida britânica.






Ringo Starr (The Beatles) - Os Beatles são a única banda com dois bigodes nesta lista. Mas desengane-se quem achar que estes dois espécimes são iguais: onde o bigode Harrison emana misticismo, o bigode Starr gargalha comédia! É o aspecto sofisticado (mesmo hoje em dia continua a ser copiado) aliado a todos os valores que o bigode transmite.






Serj Tankian (System of a Down) - Segundo muitos autores, os SoaD são os responsáveis pela volta da popularidade dos bigodes no final dos anos 90. No caso do Senhor Tankian, o seu bigode é quase um spin-off do bigode Zappa, não deixando de inovar: a mosca mistura-se com a goatee para um look mais tradicional, aludindo às origens armenas do vocalista.



São estes os candidatos, espero pelo vosso voto no post acima!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

De realçar

Voltei e é para ficar. Seguem dois links com notícias de algum interesse, uma sobre o novo Maestro Titular da ONP, Christoph König, outro sobre o Tenor Mário João Alves. Ambos gajos porreiros por sinal. Sobre o König hei de fazer um post sobre o concerto que dirigiu no passado dia 20. Fica o cheirinho:

Christoph König

Mário João Alves

Abraços!

Another One Bites the Dust

Falando em facadas na carreira, quem melhor que os Queen, que decidiram lançar um álbum sem dois dos membros da banda, para dar título a este post!

Ah, sim, é sobre os Led Zeppelin que vamos falar:

a camisa de Plant continua ameaçadoramente desabotoada, fazendo lembrar tempos mais negros

Segundo esta notícia no site aceshowbiz.com, Jimmy Page e John Paul Jones chegaram mesmo a fazer um ultimato a Plant. Caso o vocalista não aceite ir em digressão, o resto da banda já terá um americano com quem tem estado a ensaiar, prontinho para saltar para o lugar.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O comboio e a máquina de guerra

Não sei se interessa a alguém mas há mais uma banda histórica que escolheu 2008 para dar mais uma facada na sua brilhante carreira. Estou a falar de quem, desta vez? Dos AC/DC!


Rock N' Roll Train

War Machine

domingo, 21 de setembro de 2008

Veludo Subterrâneo

Chega às discotecas deste país lá mais para o Natal o álbum de tributo aos Velvet Underground gravado por músicos portugueses.

Podem ser ouvidos alguns temas em avanço no myspace.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Lunatic Soul

Mariusz Duda, o baixista e vocalista dos progressivos polacos Riverside, prepara-se para editar um álbum a solo/side-project chamado Lunatic Soul no próximo dia 13 de Outubro. Entretanto, os Riverside estão em estúdio a gravar o que será o seu quarto álbum de originais e o primeiro desde o fim da trilogia «Reality Dream».

Uma música grátis pode ser obtida ao subscrever a newsletter aqui e mais informações podem ser consultadas no myspace e site oficial.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Ainda o luto

Como sugerido pelo Pedro, aqui fica Wearing the Inside Out, numa interpretação recente com David Gilmour (e Dick Parry). Nas palavras de David Gilmour,

"No one can replace Richard Wright. He was my musical partner and my friend."

"Like Rick, I don't find it easy to express my feelings in words, but I loved him and will miss him enormously."

Lembremo-lo então pela sua música:




Site DG

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Richard Wright (1943-2008)


Rick Wright, teclista e fundador dos Pink Floyd faleceu hoje vítima de cancro. Sem qualquer comentário, pois as minhas palavras não lhe fariam justiça, deixo-vos com a sua The Great Gig in the Sky, um dos temas mais belos jamais feitos.




O mundo a ficar mais pequeno... Um dia muito triste para todos.

Links:

Associated Press
Blog DG
Online Memorial
Visão

O elemento perdido dos Spinal Tap

No outro dia revi o fantástico documentário sobre melhor banda de sempre, os Spinal Tap.

Ainda a meio da visionamentalização do mesmo lembrei-me deste senhor que seguramente é o elemento perdido da banda:


Para quem não conhece, este é Michael Angelo Batio e pode ser visto em acção no seguinte vídeo:


(reparem nas posições de braços específicas e milimétricas, próprias de quem invoca uma besta do inferno)


O que esse vídeo do youtube não mostra é o que aconteceu no fim do solo quando Michael Angelo Batio se elevou nos céus nas costas de um dragão negro.

Por outro lado, o que o vídeo mostra é como, em poucos minutos, este virtuoso bate records de velocidade e falta de gosto, tendo ainda tempo para fazer o Jimi Hendrix dar cambalhotas na campa.

Há, no coração de muitos músicos, a esperança que esta lenda da guitarra continue a aumentar a sua velocidade, de modo a que um dia consiga abrir um buraco negro com as próprias mãos e vá partilhar o seu génio com outras dimensões...

domingo, 14 de setembro de 2008

Opeth - Wathershed

aqui falámos dos Opeth, banda sueca de death metal progressivo. Falemos agora do último álbum da banda (o nono), lançado em fins de Maio. Como os anteriores álbuns, «Wathershed» não é um álbum revolucionário mas antes mais um pequeno passo em frente dos Opeth. O anterior - «Ghost Reveries» - era já um esforço impecável nos três registos predilectos da banda: o death metal brutal, as deambulações progressivas guitar-oriented e os momentos mais acústico-intimistas. Este novo registo constitui, ao longo das suas sete faixas, uma continuação lógica do anterior, mas aperfeiçoando e dando maior relevo ao terceiro registo ("os momentos mais acústico-intimistas"), muito para meu agrado.

O álbum inicia-se em tom acústico com «Coil», trazendo a bela voz da cantora folk sueca Nathalie Lorichs, num dueto melódico intimista. Como em qualquer álbum dos Opeth, a beleza é para se apreciar mas não por muito tempo, e tal acontece com a passagem para o segundo tema - «Heir Apparent», a música mais pesada - com 9 minutos de death metal sombrio e gutural.
Depois da tempestade, vem a acalmia? Não. Vem antes «The Lotus Eater», uma típica música de Opeth. Momentos mais clean entrelaçados com alguns dos melhores momentos metal que ouvi este ano, numa rapsódia rítmica intensa, num constante sobe-e-desce de intensidade, guturais intercalados com vocais mais acessíveis, bom trabalho de guitarra. A meio, um movimento prog de teclados não muito habituais no meio do death metal...
«Burden» traz-nos uma bela balada, fugindo dos cânones metaleiros e oferecendo um som acessível e lembrando alguns clássicos dos antigamentes, com extensos solos de guitarra e (pasme-se) o primeiro solo de teclas da história dos Opeth. E quem bem que ficam entrelaçados num jogo de emoções que não esperava ouvir vindo destes senhores!
Vamos a meio do álbum e encontramos finalmente o single de lançamento (vide abaixo, em versão editada) «Porcelain Heart». A escolha surpreendeu-me: primeiro, porque não tem guturais; segundo, porque é a música menos acessível de todo o álbum. Porquê? Porque é uma sucessão de dois momentos diferentes: o verso - acústico, sem bateria, baseado em guitarra clássica- e o refrão - eléctrico, a entrar em fade in em vez de uma progressão mais natural - alicercado na repetição exaustiva de dois temas.
«Hessian Peel» são 11 minutos predominantemente acústicos com alguns momentos de peso, fazendo lembrar as fórmulas dos primeiros álbuns, mas com um significativo acréscimo de qualidade. E assim chegamos ao último tema - «Hex Omega», que não é mais que uma súmula da imagem sonora do álbum: momentos intimistas com muita guitarra clássica (não acústica) e orquestração de teclados intercalados com os momentos eléctricos, onde um excelente trabalho de bateria e guitarra sustentam e impulsionam o nome da melhor banda de metal progressivo da actualidade.


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Os novos dias dos Madredeus

«Depois de uma pausa sabática e da saída de Teresa Salgueiro, os Madredeus preparam-se para lançar este ano um novo álbum de originais, sem data de edição, que contará com três vozes femininas e percussão, disse fonte da editora Farol.

Nos Madredeus permanecem apenas Pedro Ayres Magalhães, o autor da maioria dos temas do grupo, e o teclista Carlos Maria Trindade, que estiveram ao longo do último ano a trabalhar em novos temas para o projecto.»

in iol Música

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Zelig @ Barcelos

Rumei a Barcelos no passado dia 5 para assistir a um dos concertos mais refrescantes dos últimos tempos.

Para quem não conhece, os Zelig são compostos por:
- Peixe (Ornatos Violeta, Pluto, DEP):
guitarra eléctrica
- Eduardo (Pluto, DEP):
contrabaixo
- Zé Marrucho:
bateria
- Nicolas Tricot (Red Wing Mosquito Stings, Nuno Prata):
flauta transversal, teclas
- António Serginho:
marimba, vibrafone e percussões várias

O concerto foi no Auditório da Biblioteca Municipal, um espaço acolhedor e de pequenas dimensões (~100 lugares sentados), mas repleto para assistir ao Jazz Zappiano de Peixe & Co. O concerto foi um desfilar de virtuosismo e experimentalismo, com bom gosto e desafiando alguns limites, lembrando certamente sonoridades (e filosofias) do mestre Zappa mas sem deixar de ter uma identidade própria. Sem querer menosprezar a bateria e contrabaixo, que forneceram um acompanhamento rítmico e harmónico imaculado, tenho que realçar o trio maravilha que ocupava a frente do palco.
A marimba e vibrafone do António Serginho dão um contributo inigualável à sonoridade do colectivo, com uma execução de qualidade e alternando entre o fornecer das linhas melódicas e o acompanhamento rítmico proveniente de uma parafernália de instrumentos e pseudo-instrumentos de percussão.
Já o Nicolas Tricot alternou constantemente entre instrumentos. Ora cumpria funções melódicas na flauta transversal, ora mais de acompanhamento nos teclados. Outras vezes, numa postura mais experimental, estava no serrote de arco (acho que é assim que lhe chamam) ou a lançar samples (através dum teclado MIDI). Ah, e tocou triângulo! :)
Last but not least: Peixe. Este foi a terceira banda jazz do Peixe que vi actuar (já tinha visto DEP e Peixe Jazz Quartet) e a primeira em que não desempenha um papel predominantemente solista. Nos Zelig, encontramos um Peixe no centro e direcção da banda mas alternando entre um papel de solista e um outro de suporte harmónico - muito bom tanto nos solos como nos riffs - chegando no fim a uma actuação mais diversificada, consistente.

Foi um concerto espectacular! Quem quiser conhecer ouça no myspace. Ver-nos-emos numa próxima oportunidade ;)

... and it will be... DELIGHT!

Este blog anda muito adormecido ultimamente... E nada melhor para abanar a letargia que dois vídeos da banda jazz mais rockeira do mundo:

Soil & "Pimp" Sessions - Avalanche



Soil & "Pimp" Sessions - STORM


Pimpin'!!!!

Os Oasis não fazem playback

Pois é, parece que ficou provado de uma vez por todas que nem todas as estrelas pop (ou rock) fazem playback como a Britney Spears.

Um fã (da série Mythbusters da Discovery, não dos Oasis) decidiu pôr o mito à prova no último concerto da banda em Toronto e aqui estão os resultados da experiência prática:


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Noites Ritual 2008 - como foi

Lá fui eu (só) à 1ª noite das Noites Ritual. O espaço belo como sempre, a organização já com muitas edições anteriores de experiência, a massa humana portuense e tudo o mais... As bandas? Não vi Snail nem Sizo mas dos outros segue o bitaite.

A Jigsaw - a concha do Palácio é um palco bonito para concertos mais intimistas e os A Jigsaw não desiludiram. Blues sem grande inovação é certo, mas cumpriram bem a tarefa de abrir a noite com o seu número minimalista de guitarra/bateria/violino. Agradável e a acompanhar no futuro.

Micro Audio Waves - foi um concerto irregular, momento interessantes e outros aborrecidos. O Flak não estava lá. A vocalista Cláudia F tem uma boa presença em performance embora com uma comunicação nula com o público. O alinhamento foi mal escolhido... ninguém termina um concerto de electrónica como a que eles fazem com dois temas calmos... Falta-lhes um Danoninho para se elevarem do «normalzinho» e me convencerem...

Tiago Bettencourt & Mantha - confesso que este era o único concerto que queria mesmo ver na noite. Estava curioso para ver como seria este senhor a solo e como transporia ele o seu álbum para concerto em trio. Se houve momentos altos (como a «Cenário» ou a «Fome (Nesse Sempre)» com a participação do cachopo Samuel) houve um ou outro mais pobre num bocejo pseudo-experimental. Apesar de irregular, dou-lhe inequivocamente nota positiva. A comunicação com o público rompeu a aura de pretensiosismo muitas vezes associada ao senhor e a maior parte das músicas a solo resultaram bem. Fico à espera de uma próxima e de evolução.

Sam the Kid - goste-se ou não, foi o concerto da noite. Em palco tínhamos o artista propriamente dito, GQ e outro no habitual acompanhamento verbal, voz masculina e feminina para aqueles refrões mais R&B. Havia banda (e que diferença que faz!) com bateria, teclas e baixo. E havia Cruzfader... O concerto foi longo, com temas dos vários álbuns, muita comunicação com o público e um grande sentido de espectáculo e entretenimento. A resposta do público foi também muito boa - estava lá muita gente claramente só para o ver. Apesar de mentes mais formatadas poderem questionar o valor musical do concerto, ninguém poderá pôr em causa a performance. E para a memória futura da 1ª noite Ritual de 2008, é isso que fica.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Novo álbum dos "Queen"...

Sim, "Queen" está entre aspas. Não, não acho que faça sentido. Não o álbum, que até deverá ser bom dada a qualidade dos intervenientes, mas a utilização do nome quando apenas meia banda está presente. Mesmo assim, fica a notícia de um álbum "Queen" + Paul Rodgers chamado «The Cosmos Rocks» (tão Brian May!) a ser lançado dia 15 de Setembro.

Da press release transparece uma imagem de um álbum feito pelos três como um verdadeiro trio e não como os Queen sem baixista e com alguém a substituir o Freddie. Em vez disso, as músicas foram produzidas e gravadas pelos 3 senhores (o baixo foi tocado pelo May e Rodgers). Além da capa aqui ao lado conhece-se já o alinhamento e o single de avanço (vídeo de uma actuação no Al Murray Show abaixo). Mais detalhes no site oficial.

1. Cosmos Rockin’ (4:10)
2. Time To Shine (4:23)
3. Still Burnin’ (4:04)
4. Small (4:39)
5. Warboys (3:18)
6. We Believe (6:08)
7. Call Me (2:59)
8. Voodoo (4:27)
9. Some Things That Glitter (4:03)
10. C-lebrity (3:38)
11. Through The Night (4:54)
12. Say It’s Not True (4:00)
13. Surf’s Up . . . School’s Out ! (5:38)
14. small reprise (2:05)



PS: A música C-lebrity tem backing vocals do baterista dos Foo Fighters Taylor Hawkins, que já tinha também participado numa música do álbum «Another World» do Brian May.

PS2: «
The Queen Singles Box Set will be released on November 17th. More details to follow soon…»