sábado, 21 de junho de 2008

It's easy to forget

Obrigado pelo convite pessoal, é uma honra ter sido distinguido com inharmonicidade...

Não me alongo em discursos porque também não disponho de flexibilidade temporal para eles nesta fase do ano, mas prometo algo mais elaborado eventualmente, simplesmente limito-me a deixar aqui um videozinho que não vale pelo video em si(sendo o Mar Português escusado), mas sim pela música que passa e pela pessoa que a compôs. Lamento Bernardo, não vou aceder ao teu pedido e não prestarei homenagem a Gorecki, mas sim a um compatriota vosso por sangue e meu por coração, que, infelizmente, não tendo passado nenhuma data de Jubileu nos últimos anos em relação à sua pessoa, me parece muitíssimo esquecido, sendo uma dor enorme para qualquer amanta de música. Alguém que nos deixou algo como este bocado de pura alma, que ouvimos deveria ser homenageado constantemente, investigado, e apresentado num pedestal ao público geral.

Tristemente, constato que nada disso se passa. Aliás, deduzo que até 2024, quando farão 100 anos desde o seu nascimentos, ou quem sabe, se o dinheiro escassear, só em 2038 com os 50 anos da sua morte é que ouviremos um aplauso e um tirar do chapéu nacional a este enorme compositor.



Concluindo, prometendo uma continuação noutra ocasião, pergunto:
Lopes-Graça, Carlos Seixas, Luís de Freitas Branco, António Pinho-Vargas, Emanuel Nunes entre outros tantos... e o Joly?

Jan W.

3 comentários:

ricardo leite disse...

ora ora, temos um novo blogueiro! é bom ver você fazendo algo de util :) grande abraço

Óscar Rodrigues disse...

Seja muito bem vindo amigo Jan. É uma honra ter-te por cá.

Quanto ao Joly Braga Santos, devo fazer um mea culpa e admitir que o meu conhecimento quanto à sua obra não é particularmente extenso, mas o excerto que puseste deixou-me bastante mais curioso. A orquestração está fabulosa e plena de engenho. Quem tem a categoria e a humildade de escrever música assim merece toda a atençao (ainda para mais com a contextualização histórica - presumo que isso tenha sido composto por volta de 1955, embora possa estar a meter àgua - é de louvar uma mensagem tão positiva quando o panorama era claramente outro). Irei certamente ouvir mais deste senhor.

Um abraço,

Oscar

Bernardo Pinhal disse...

Caro Jan:

Lamento a demora,mas, como sabemos todos, a vida nesta altura tá um bocado lixada para os estudantes (tem-se reflectido, aliás, na frequência de posts neste blog).
Adorei o excerto que nos deste a ouvir, e estou a pensar em ouvir com atenção os discos (vinyl, também!) que a nossa biblioteca tem com a obra deste homem. Tenho, aliás, um amigo que tem um outro vinyl com uma sinfonia dele!
Gostei do teu gesto, mas agora quem me deculpa és tu, quando disser que te conheci português e que, como tal, a música de Lopes Graça (bem como todo o seu espírito humanista) e de Joly é tão nossa como tua.

Um abraço,
Bernardo.

PS: espero que te divirtas por cá e que aproveites!