segunda-feira, 31 de agosto de 2009

sábado, 29 de agosto de 2009

Obrigado Internet

A sério, obrigado!

Oasis: 1991-2009?

Parece que o Papá Noel abandonou de vez

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Roubaram o Ritual

O que era aquela coisa que estava ontem nos Jardins do Palácio de Cristal? Não eram as Noites Ritual Rock, já que o «Rock» já caíu do nome, mas também não eram as Noites Ritual que eu presenciei até ao ano passado. Não pode ser só culpa de ser à borla, que o ano passado já foi e continuava a ser "o" festival portuense, com bandas boas e más, jovens do Porto, o sítio onde se encontravam os amigos. Não era caipirinhas. Não era um stand com carros. Não era famílias com carrinhos de bebé. Não era um sítio onde não se conseguia reconhecer ninguém nem estacionar que não a um quilómetro ou que provocava engarrafamentos descomunais. Não eram trinta milhões de pessoas. A música não mudou mas tudo o resto estava irreconhecível. Sinais dos tempos.

Total Eclipse of the Heart

Detesto os 80's mas não resisto a flowcharts (quase sempre via FlowingData).


For a Minor Reflection, ou Como Ser Verdadeiramente Indie #2

Ouvir Sigur Rós é indie. Ouvir a banda que abre os concertos deles é verdadeiramente indie. Neste segundo capítulo de aprendizagem da cultura indie post-rock/instrumental, surgem os For a Minor Reflection, quatro rapazes da Islândia que fazem um post-rock muito melodioso, diria quase típico dos países do norte da Europa. Já sabem, os clichés habituais: paisagens escandinavas=músicas muito bonitinhas. Os For a Minor Reflection vão alternando entre instrumentais calmos e sonhadores e minutos de guitarras intensas e distorcidas. A fórmula é a do costume: melodias repetidas durante muitos muitos muitos compassos, variações de intensidade, pianos, fortes.

Para ouvir de olhos fechados num dia fresco mas solarengo.

Os For a Minor Reflection têm apenas um álbum, chamado Reistu þig við, sólin er komin á loft. São 6 músicas de 11/12 minutos.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Quando a cultura tira férias

Não posso comprar bilhetes para o concerto dos Clã porque a bilheteira do Teatro Nacional de São João está fechada e só abre dia 1 de Setembro. Todas as chamadas são redireccionadas para outro serviço.
Por outro lado, amanhã ainda é Agosto e há duas sessões do La Féria(s) no Rivoli. Rivolição?

Tantas férias há-de tirar a cultura que um dia é despedida com justa causa.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Eusébio Hoje

E aqui vai um obrigado a «Os Contemporâneos» por nos permitirem rir do aborto que é o Amália Hoje.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Os Arctic Monkeys vêm ao Porto. Ok.

Foi com grande excitação que o meu irmão mais novo recebeu a notícia da vinda dos Arctic Monkeys ao Coliseu do Porto. O concerto é em Fevereiro e ele vai comprar o bilhete hoje. Disseram-lhe que havia enormes filas na FNAC de Santa Catarina para comprar os ingressos para o primeiro concerto dos ingleses no Porto.

Os Arctic Monkeys são, hoje em dia, os Tokyo Hotel de uma camada de jovens alternativo-urbanos. O Alex Turner é o Bill Kaulitz para estes miúdos.

Eu não desgosto do primeiro álbum dos Arctic Monkeys. Havia um hype enorme à volta deles e acabaram por me surpreender pela positiva - não é uma obra prima, mas é aquilo que comentamos com os amigos como sendo um álbum "fixe". Tem boas músicas e bons singles. O segundo não me agradou tanto, e este último não consigo avaliar porque enjoei por causa do meu irmão, mas admito que seja fraquinho (apesar do Homme!). No entanto, ao ver toda este mini-histeria a nível local por causa deles, não consigo deixar de pensar na comparação entre eles e os Tokyo Hotel.

Mais vale tarde que nunca

«Os quatro álbuns gravados pelo Grupo de Acção Cultural (GAC) - Vozes na Luta, nos anos que se seguiram à revolução de Abril de 1974, vão ser editados pela primeira vez em CD, disse à Lusa fonte da editora iPlay.
Os LP «A Cantiga é uma Arma», «Pois, Canté!», «Vira Bom» e «Ronda da Alegria», editados entre 1974 e 1977, foram remasterizados e serão editados pela primeira vez em CD entre Outubro e Novembro, referiu a editora.
Os registos são já um documento histórico de uma época em que a música estava ao serviço da intervenção cívica e política, próxima da UDP, nos anos quentes que sucederam à revolução de Abril.»
 

Curioso como ainda conseguimos andar a fazer primeiras edições de CD's quando o formato já começa a parecer antiquado. De qualquer forma, mais vale tarde que nunca.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Favorite Recorded Scream


É uma compilação original, recentemente editada e composta apenas por samples dos melhores gritos da história, entre os quais Pink Floyd (Careful with that Axe, Eugene), The Beatles (Revolution, Twist and Shout), The Who (Won't Get Fooled Again), Led Zeppelin (Immigrant Song), John Lennon (Mother) e Béla Bártok (oh yeah, no Castelo do Barba Azul). Tudo recolhido através dum inquérito realizado por LeRoy Stevens a trabalhadores de lojas de música de Nova Iorque. Aqui podem ver algumas das folhas de resposta que incluem uma justificação sobre a escolha (há para aqui algumas pérolas).

Afinal de contas, há cena mais Rock and Roll que um YEAH de pulmões cheios? Apesar de tudo, estou desiludido porque não está lá o meu preferido, que ganha aos pontos a qualquer um: Ian Gillan/Deep Purple: final da Strange Kind of Woman do Made in Japan (no entanto, o Ian Gillan está incluído, com o Jesus Christ Superstar...) E vocês amiguinhos, qual o vosso grito preferido?

Barbie, Suzie, Dolly, Polly Pocket

Cruzes, canhoto

«Um dos meus sonhos era fazer um enorme espectáculo com a música e a vida do Zeca Afonso, que é um homem, o único talvez, que como dramaturgo me inspira. Eu ainda o conheci, era um livre-pensador e, principalmente, um artista. Não se pode pôr o Zeca Afonso numa gaveta, se é de esquerda ou não.»

domingo, 23 de agosto de 2009

Te', ou Como Ser Verdadeiramente Indie #1

Por amor de deus, esqueçam os Klaxons, os Vampire Weekend ou os Wilco. Segue-se o volume 1 do manual Como Ser Verdadeiramente Indie. Impressione os seus amigos com bandas completamente desconhecidas de países exóticos, e passe a dizer que é tudo muito comercial.



Os te' são uma banda japonesa post-rock/math-rock/post-core/experimental/instrumental. Têm três álbuns que não são propriamente fáceis de encontrar por aí, especialmente o primeiro porque as músicas ainda têm o título em japonês. Têm pelo menos dois cd-single que eu até aprecio.

Não consigo identificar bem os álbuns porque só um é que tem os títulos em inglês. Chama-se If That Is What is Being Thought, Liberated Sound Talks the Depth of Musical World. Bastante indie, portanto. O primeiro chama-se It Is a Thought to Try to Sing the Realistic Sound From the Deeply Ressonated World, mas os títulos das músicas ainda são em japonês.

Valem muito a pena pela intensidade instrumental e pelos jogos que às vezes surgem entre as guitarras e o baixo.

Smells Like Pecado de Verão

Depois das crípticas escolhas do Professor Marmelo, expõem-se mais um caso paranormal na foto abaixo. Será que José Malhoa é um fã reprimido ou comprou a primeira t-shirt vistosa que viu no shopping? Comprovem no teledisco da canção "Pecado de Verão" que fala de um homem que não trai a sua mulher mas que sofre as vis tentações da carne veraneante (também visível no referido teledisco), solicitando a ajuda do padre (aquele que na outra música "até ajudou").

As Escolhas do ♠☐☐Åυ☐Œ☐ (6)

Antes de mais gostava de pedir desculpa pelo atraso/ausência desta rubrica semanal. Neste momento, o paradeiro do Professor Marmelo é desconhecido. Por motivos legais não posso adiantar muito neste momento. Ainda assim, após ter recebido o seguinte documento na minha caixa de email e ter tentado salvar o máximo do ficheiro corrompido, aqui o divulgo, de modo a tentar oferecer o máximo aos nossos leitores e mostrar que não tenho nada a esconder da justiça, facto que o Professor decerto comprovará quando voltar.

Sejam bem vindos. Temo que desta vez esteja restringido em termos de tempo e não possa ☐♦☺♢☐ô☐☐ÇçA☐áë conv☻☐☐©$. Espero que consigam ☐◊ esta mensagem antes ☐©☐☐çÁÁ☐☐.

♢☐çë☐æ☐ÀÀÒ☐☐♣ ♠ ☐☐✝š "retiro espiritual":

☐ô☐☐ÇçA☐☐© até pa☐☐çÁÁ☐ ˇ¿��m�Ä"�ˇ›��ˇƒ?����������
���������
� 3�!1AQa"qÅ2☐♦☺ ☐♦☺⎨⎝☐☐%☐ #, confunde-se sempre isso com fugir à justiça. Nada mais errado: Aproveitando o final das férias, ✄☹♣☐ ☺⎨ÁÁ☐ ☐©☐ÀÀÒ☐ô☐☐.
Na humilde opinião deste ♣ ♠ ☐☐✝šæ☐ÀÁ☐☐ o problema destas listas de menor qualidade é não terem em atenção a necessidade de repouso, daí também a escolha de lugares pouco assessíveis por pessoas que só vão incomodar, como agentes da justiça e afins. Mas não estou aqui para falar da vida desse meu amigo que está a ser processado!

Começo então por apres☐ÇçA☐ æ☐À☀❖⎝☐☐% que são os Fleet Foxes e o álbum homónimo (não confundir ⎝à☐çÇÇ3"☐% &¶®☐☐☐™¥

☐☐☐aπ☐qœ∑∂÷]≠ co €≠]☐ÇÇ☐]≠] «œ««««☐☐☐☐☐`````\☐☐☐☐

☐☐☐a÷¶ˇ☐☐☐®☐iƒ†œ

☐☐☐☐☐as☐☐☐

☐☐™ø☐☐ÇÇÀãs☐☐☐
ë°±B#$R¡b34rÇ—C%íS·Òcs5¢≤É& Como exemplo perfeito disto mesmo, posso apontar Akeboshi. Este japonês viu a sua Wind ficar famosa pelo mundo foraÉ&5¬“DìT£dEU6te‚Ú≥Ñ√”u„ÛFî§Ö¥ïƒ‘‰Ù•µ≈’ÂıVfvÜñ¶∂∆÷ʈ'7GWgwáóß∑«ˇ⁄� ��?�¢xO)µBíÇÃ∆◊m¨}OPkmπ›Å◊ o seu álbum homónimo, que é uma compilação de alguns dos seus mini-albuns.

‘7nÔSflÙ7~bqóè∫∫›c[m≠k€Qp.áçÕ˙;ôÙïˇ� ¸⁄G£ó~[·÷⁄∆≤∑f∞÷:ó˚∂;~ˇ�‹ˆ*/¡ΩŒ4X›ÿÓ
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>»ÏÊ~ó˙Nœ—˝ôÙ}ø·SwÌ∏~èØÎ≥ como os Skeletonbreath —›≥x:nÁgıø;˙ûÙÓÀƒc}a÷ÄÍ∆·Óké÷=ßËÏsø9òèÆÍÚöˆå¶H6C»sK[T?}صªœ—zw~è, "Transylvanian Surf Rock" como se pode ouvir em Eagle's Nest, Devil's Cave.

˘¥fl≥K™∫°qo⁄(48ÌÓm≥)ˆm˙; The Fall of TroyÓ˛i‹kÎ{û÷∏8÷ÌèÛ\?0ˇ�) d–}r\1]∂◊;AG‘›˛è‘mï∆UbïuYSn ≥i±œ}@YQpˇ�«πfl·X{7z~ْؖK:U^á•MéØ} muito mais épico, e com músicas mais longas. Na verdade, o EP Phantom on the Horizon, é uma só música (dividida em 5 tracks) que são por sua vez compostas por remakes de demos que a banda tinha gravado quando ainda só tinha lançado o primeiro álbum.

Antes de fechar, tenho, claro está, de falar na melhor banda de sempre, a qual, depois de ouvirem, vai mudar para sempre as vossas tristes vidas: @Ï—Ó˛÷ƒîÔf–∆1Ω?¶Ω∏‘5•ŒcÁ?o{Ó˙V;˜˝Eœ∏e›ôV;Zj8‰Fá⁄'|ÎÓ˜´ù?,ãYø”p
«µœ.∞Ω¶◊{Ï˝õ~ÎøE
☐☐™®π
☐☐☐, até um dia. Já agora, queria só agradecer ao idiota que foi mesmo ouvir SikTh durante o exame à próstata.

sábado, 22 de agosto de 2009

Penico! @ Disco

O Telmo já cá falou duas vezes sobre os Panic! at the Disco (PATD). Primeiro, quando seguiu o meu conselho sábio e ouviu o «Pretty. Odd», descobrindo que o emo tinha dado lugar ao vintage beatliano. Depois, enquanto Professor Marmelo (do qual aguardamos as escolhas desta semana), na rubrica «Álbuns Bons, Bandas Más». Um leitor mais incauto poderá achar que o Professor Marmelo exagerou já que não poderá considerar uma banda má se esta tem um álbum bom e um péssimo mas em que o bom é o mais recente. Poderíamos estar perante uma banda que ganhou juízo e se lançou para uma carreira decente (como aconteceu com os Los Hermanos, por exemplo).

Fazendo uma pausa no nosso raciocínio, informo-vos que os Panic at the Disco voltaram a ser Panic! at the Disco. O guitarrista e o baixista abandonaram a banda. A razão? A habitual: "diferenças criativas". Restaram o vocalista e o baterista e o regresso do ponto de exclamação fez-me temer: será também um regresso ao passado? Não o é em estilo, mas é-o em qualidade (ou falta dela) como poderão comprovar na primeira música libertada pela nova formação: New Perspective (o trocadilho...). Ouçam (ou não).

Restam agora ao leitor quatro acções, que se passam a listar:
  1. Chibatar-se violentamente por ter ousado duvidar do Professor Marmelo.
  2. Não ouvir o próximo álbum dos PATD, sob pena da repetição do castigo referido em 1.
  3. Aguardar o álbum dos The Young Veins (TYV), a banda formada pelos elementos desertores dos PATD e descrita pelos próprios como praticando um retro-leaning rock.
  4. Nos entretantos, ouvir a primeira música dos TYV no myspace da banda.
Quebra-cabeças: ouça os dois álbuns dos PATD e as duas músicas referidas neste post e descubra qual das duplas influiu mais na composição de cada álbum...

Reis da Pop: a evolução

Where The Wild Things Are

Dia 29 de Setembro é dia de mais um DVD do Steve Vai, retratando a última tournée (que também passou por Portugal). O DVD (e o CD) contêm um concerto em Minneapolis. Podem encontrar mais informações no site oficial e, caso não tenham mesmo nada que fazer, ler a entrevista acerca do lançamento (e muitas outras coisas).
Aproveito para deixar o trailer deste lançamento. Para quem sempre se perguntou como é um concerto do Steve Vai, este é um bom exemplo. Está lá todo o folclore, a ventoinha no cabelo, as roupas vistosas. Ah, e neste caso concreto, dois violinistas.


Raparigas e Rapazes

Ou apenas uma desculpa para relembrar a diversão da música com a melhor linha de baixo dos Blur (via Random Infinity).

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

These Are My Twisted Words

Muito se especulou nos últimos dias acerca do leak de uma música nova dos Radiohead, juntamente com as declarações do "não vamos gravar mais álbuns" e "estamos a tentar perceber como distribuir a nossa música". Uma comunicação oficial surgiu finalmente, com a disponibilização gratuita do novo tema.

«So here's a new song, called 'These Are My Twisted Words'.
We've been recording for a while, and this was one of the first we finished.
We're pretty proud of it.
There's other stuff in various states of completion, but this is one we've been practicing, and which we'll probably play at this summer's concerts. Hope you like it.
Download the audio here or torrent here.»

O material descarregado inclui o ficheiro MP3, um txt com os créditos, uma imagem de "capa" e um pdf com 14 páginas de artwork. Para quê descrever a música se a podem ouvir gratuitamente e legalmente?

Nudez #3

Para mais silly season, José Cid em entrevista ao JN:

«A Playboy é leitura de praia?
O próximo número é porque venho lá eu numa grande entrevista. Perguntaram-me se aceitava posar nu para eles. Disse que sim. Perguntaram-me o cachê. Disse: 500 mil euros. Pedir não custa, não é?»

Sugestão de escuta relacionada: José Cid - Como o Macaco Gosta de Banana

Moonleite sonata

O título deste post é particularmente infeliz, tendo competido pela escolha com outras ideias geniais como «B(eeth)ovino» ou «mu mu mu muuu! (ou a 5ª sinfonia cantada por vacas)». Felizmente, o Ludwig não nos pode ouvir. Ha!

Porque a silly season não discrimina ninguém, diz-nos o DN:

«Produtor estimula vacas com Beethoven

(...) O proprietário de uma exploração leiteira de Portalegre vai começar nos próximos dias a dar música a… 400 vacas. A ideia é "aliviar" o stress dos animais, garantir uma produção dentro de parâmetros elevados e criar um "bom ambiente" em toda a exploração.
"Gosto da música de Beethoven e é essa que se vai ouvir", explica José Ventura Nunes ao DN, esperançado em que o investimento de 1500 euros comece rapidamente a ser compensado com uma produção mais elevada.
(...)
"Para uma pessoa Beethoven pode ser relaxante e para outra pode ser irritante. No caso dos animais, temos de recorrer a verdades mais universais. Hoje já sabemos dizer, em termos muito gerais, que uma música relaxante tem poucas alterações, um ritmo pouco marcado, poucas mudanças de tonalidade, sem grande intensidade de instrumentos", explica Teresa Leite, considerando que não "é nada escandaloso" que a música ajude as vacas a ficarem "menos stressadas e, consequentemente, a produzirem mais leite".»

Sugestão de escuta relacionada: Captain Beefheart & His Magic Band - Safe as Milk

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Obituário: Les Paul

9/6/1915 – 13/08/2009

Guitarrista, inventor de efeitos, designer de uma das guitarras mais famosas de sempre. Enquanto houver rock o seu nome não vai ser esquecido.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

The Tide is Turning

Segundo o Público, os Radiohead afirmaram que não voltarão a gravar álbuns.

Não por causa duma nova visão formal ou de formato. Não porque as capacidades do álbum se tenham esgotado. Mas porque dá muito trabalho.

E também porque no mundo de hoje a lógica de distribuição da música (e de quase tudo) é bastante diferente. É preciso pôr tudo em todo o lado, mais rápido, de forma mais acessível e mais prática.

Karl Marx solta uma gotinha de sémen póstumo: é a arte a seguir a economia, as forças e relações de produção.

Interessante. Não há nada de mal nisso.


No mesmo artigo, Thom diz que estão a pensar escrever canções para orquestra. Giro.

A resistência dos ursinhos de pelúcia

Começa a ser habitual a contestação aos singles de avanço dos Muse - relembro o o-que-é-que-é-isto que a Supermassive Black Hole provocou - e este próximo álbum não está a ser excepção. O primeiro avanço (United States of Eurasia) foi criticado por ter detalhes a mais e ser influenciado por Queen (que também estavam habituados a esta crítica). Pois é inegável a influência mas gostei do resultado final (excluindo o apêndice Collateral Damage): está apoteótico como algumas músicas do «Absolution» e do «Black Holes and Revelations».
Também gostei do recente avanço - Uprising - que veio eliminar os meus receios que o álbum fosse uniformizado à volta da sonoridade orquestral da United States of Eurasia, apresentando um som mais despido, assente em fórmulas simples e ritmadas.
O artwork já divulgado:

Os 3 grandes

Não são os 3 tenores mas juntamente com Zeca Afonso formam o quarteto mais importante da música portuguesa dos anos 70. Os 3 preparam-se para um concerto conjunto (de nome "Três Cantos") a 22 e 31 de Outubro no Campo Pequeno e Coliseu do Porto, respectivamente. São eles José Mário Branco, Fausto Bordalo Dias e Sérgio Godinho.

in Público

Them Crooked Vultures

Foi-se levantando a ponta do véu nas últimas semanas apesar de já ter indo tomando contacto nos últimos dois anos (ou talvez mais) com as esparsas pistas do que está finalmente para acontecer: Them Crooked Vultures.

Dave Grohl, John Paul Jones, Josh Homme

Instrumentos Esquisitos - Plateia (2)

Só para poder gritar "OLD" ao Telmo, Frank Zappa em 1973 (mostrou-me o Óscar há uns anos).


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Um tigre no morangal

Ei, a dizer que o Legendary Tiger Man se recusou a tocar no Sudoeste...

Acho que nem vale a pena tecer mais comentários, a acção diz tudo. 50 internets para o Sr. Paulo Furtado!

sábado, 8 de agosto de 2009

Instrumentos Esquisitos - Plateia

Que belo instrumento este. Acho que vou começar a treinar para tocar plateias também!

Bobby McFerrin a destrocar

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

As Escolhas do Marmelo (5)

Bem vindos a mais uma edição d'As Escolhas do Marmelo. Antes de mais gostaria de pedir desculpa pelo atraso na publicação deste artigo. Este atraso deve-se a motivos pessoais que nada têm a ver com o tema da semana.
Álbuns Para Ouvir Durante a Apalpação à Próstata:

O cancro, como todos sabem, é uma doença muito séria. Uma das suas vertentes mais assustadoras é o cancro da próstata, que pode mesmo causar disfunção eréctil.
Ainda assim, apesar do potencial perigo, poucos são os homens que gostam de se sujeitar ao principal método de diagonóstico: o toque retal.
Como podem imaginar, não há nada mais útil que uma lista de álbuns que ajudem a tornar a experiência o menos traumatizante possível. Na humilde opinião deste marmelo, as listas de álbuns para ouvir durante a apalpação à próstata sugeridas por outras publicações de menos qualidade falham por partirem do princípio que esta é uma actividade relaxante apreciada pela maioria dos homens, quando, segundo a wikipedia, 55% dos homens comunica desconforto durante o procedimento (dos restantes, 10% gostaram muito e 35% até gostaram porque foi uma médica a fazer mas não admitem com vergonha).

Partindo então do pressuposto contrário, de que esta não é uma actividade simpática, começo por recomendar um álbum óbvio: Dopethrone dos Electric Wizard. Há quem pense, e com alguma razão, que a melhor maneira de ir para um exame destes é anestesiado. Drogas naturais como cannabis e seus derivados são a escolha por excelência. Assim, da mesma forma, este álbum garante uma boa "pedra" natural que pode, de alguma forma atenuar a sensação de "desconforto" causada pelo exame.

Para quem achar que drogas leves não chegam, recomenda-se o uso moderado de Morphine. Pode ser que o Cure for Pain ajude mesmo...

Quem se decidir por uma abordagem mais zen, abstraindo a sua mente da sala da clínica e voando para paisagens mais tropicais e menos intrusivas, vai encontrar em California a escolha ideal. Dos Mr. Bungle do aclamadíssissississimo Mike Patton, banda que começou a carreira a tocar death metal para neste seu último álbum criar uma experiência única de fusão entre a pop e a electrónica (e a maluqueira do costume).

Se, por outro lado, confiar menos nos caminhos da mente e mais nos caminhos físicos, pode encontrar em Death of a Dead Day dos SikTh um bom escape. Coloque os auscultadores e berre, berre à força toda, tentando acompanhar as mudanças de andamento, que prometem ser uma bela distracção.

"Cautela" - dirão alguns - "com as solturas, se for para lá berrar". É verdade, caros leitores. Muitas pessoas poderão achar as sugestões anteriores relaxantes de mais, ou, no caso dos SikTh, que fazer força para os guturais pode dar asneira. Se este é o seu caso, recomendo Kimono My House dos Sparks. Repare, com tamanho falsetto, mais apertadinho você não pode ficar e não vai sair dali nem uma uva. Tenha tino e seja moderado, porque senão vai dificultar o trabalho do profissional que o atender.

Falta cobrir ainda um aspecto muito importante do processo que é o recobrar da compostura. Enquanto se endireita e espera que os músculos voltem à sua localização habitual, aproveite para ouvir algo que o faça sentir orgulhoso por ser um homem. Quantas mulheres conhece que tiveram de se sujeitar ao toque retal? Pois é, esta é uma das coisas que nós podemos fazer e elas não, a par de perceber os foras de jogo e pouco mais.
Sugiro que o leitor vá para casa, encete uma performance sexual de topo com a sua parceira sexual favorita (namorada/booty call/mão) ao som do álbum Tarantism de Tito & Tarantula que, inclusivamente vai ajudar a criar ambiente. São a banda que aparece no bar Titty Twister do filme From Dusk Till Dawn, na famosa cena da Salma Hayek com uma cobra.
(Agora que penso nisso, para ter feito o exame em primeiro lugar, se calhar já está com problemas durante a performance. Se for o caso, esqueça a última sugestão.)

Por esta semana é tudo, até à próxima!

Este artigo é interactivo e faz uso de novas tecnologias. Ainda assim, não é médicamente correcto e cita a wikipedia, o que toda a gente sabe que não se deve fazer. O autor é anónimo e manda avisar que ao ler o artigo, o leitor está a concordar que levar a cabo alguma das sugestões aqui descritas é da sua (do leitor) inteira responsabilidade. Para mais informaçõs consulte o seu advogado.

Este é bem melhor...

Desculpa Ska, mas este é bem melhor:

brokeNCYDE - Freaxxx

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O melhor video/música que vi nos últimos anos

Aparentemente, chamam a este género musical "crabcore".

Duas palavras para vocês: Headbanging sincronizado!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Harry Patch (In Memory Of)

Os Radiohead lançaram uma nova música em honra de um veterano da WWI que morreu em Julho, com 111 nos de idade.

Comprar

Ouvir:

sábado, 1 de agosto de 2009

Videocast x 3

Para aqueles que não sabem o que fazer ao tempo que têm entre mãos nas férias, deixo 3 sugestões de videocasts, ou uma nova forma de ver a música "ao vivo".

LA BLOGOTHÈQUE
Obra vinda das mãos de Vincent Moon apresenta várias bandas para os lados do indie em performances mais ou menos improvisadas, em locais não habituais e com um estilo de vídeo ora mais artístico, ora mais caseiro. Há por lá muita variedade, é explorar.

THE BLACK CAB SESSIONS
O conceito é interessante e o slogan auto-explicativo: One song. One take. One cab.

FROM THE BASEMENT
Este é o meu preferido ou não fosse obra do Nigel Godrich. Fugindo um pouco mais do "apenas indie", tem por lá algumas bandas do novo rock, com boas performances bem filmadas. Infelizmente, o site tem estado em remodelação mas promete regressar este mês de cara lavada. Até lá, podem ver ao entrar um vídeo dos "The Dead Weather" ou passear pelos vídeos da actuação dos Radiohead no youtube. Fica abaixo um bom exemplo.


A música do piche

Não, não vos trago uma banda sonora para viagens (isso deve ser responsabilidade do Marmelo). Trago-vos uma estrada que dá música a quem nela passa. Estão a pensar no som irritante que vos acorda quando pisam as linhas das bermas portuguesas? Esqueçam lá isso! Nestas estradas que vos apresento, as marcas feitas no pavimento fazem com que se ouça uma melodia à passagem dos pneus. Onde é? No Japão... (havia outra possibilidade?)

Segundo o artigo que li, um tal de Sr. Shinoda - não dos Linkin Park mas do Hokkaido Industrial Research Institute - partiu das teorias da resonância para descobrir que a variação do espaçamento entre os cortes no pavimento provocava uma correspondente variação na frequência de som emitida. Daí até compor uma melodia de piche bastou uma elevada dose de insanidade e financiamento, como podem ver na reportagem abaixo ou neste outro vídeo.



PS: Descobri isto no artigo "The world's most bizarre instruments" da NME. Dava para fazer um post por cada "instrumento"...

Secura #5

Se o Adolfo fosse vivo, a sua artista preferida seria a Skinhead O'Connor.