sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Das guitarras com botões

Desde os 60's que é o intrumento mais fixe, a cara do rock e o instrumento mais tocado por adolescentes. Sim, é a guitarra, e as próximas postas são sobre ela.

Já cá falámos várias vezes do fenómeno crescente dos jogos de guitarra, como o Guitar Hero e o Rock Band. Foi o Death Magnetic que os Metallica lançaram simultaneamente em versão audível e jogável, o Ten dos Pearl Jam, o Moving Pictures dos Rush, o jogo dedicado aos Metallica... agora é o Boss a oferecer músicas através do Guitar Hero.
Pois se um fenómeno cresce em popularidade, acompanha-o uma resma de declarações e opiniões nas internetes. Há de tudo, dos amuos do tipo dos Nickelback que diz que o jogo não presta porque não é real (vide definição de jogo, Mr. RockStar [acho que no Ermal foi mais stoner que rocker]), aos louvores eternos por parte de todos aqueles que conseguem ser, no seu mundo privado, fixes como o Slash sem terem que perder a adolescência (ou pelo menos perdendo-a a jogar e não a tocar guitarra). Mesmo assim, tenho para mim que deve ser mais fácil fazer furor no liceu como guitarrista do que como gamer. Ou então não, que os tempos até podem ser outros e os solos já não estão na moda.
Há tempos vi uma entrevista ao Alex Lifeson (guitarrista lendário dos Rush) em que ele comentava o fenómeno, dizendo que via agora fãs muito novos (~10 anos) nos concertos, conhecedores das músicas, e que isso deveria ser efeito da popularidade desses jogos, popularidade essa que os Rush têm sabido aproveitar. Ficava também em aberto uma questão que acho interessante que é se estes jogos podem trazer a guitarra de novo para a ribalta. Tudo bem que o jogo não é destinado a guitarristas - confesso que já experimentei mas cometi o erro de escolher uma música que sei de facto tocar, o que lançou duas partes do meu cérebro num combate violento pelo domínio dos dedos - mas não poderá despertar o gosto nos jogadores de passarem para o instrumento a sério? Será que com a popularidade destes jogos, que voltam a valorizar a dificuldade de execução, se poderá assistir a uma nova moda de solos? Será o próximo revivalismo o dos 70's? Será que os The Darkness e os Wolfmother vieram antes (apesar de depois) do tempo? Venham eles e tragam a boa música, mas por favor não tragam as camisas maricas.

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