segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A Ópera e o Porto

O Governo corta o subsídio de 250 mil euros para a produção de Ópera no Porto, que há 10 anos se traduzia nas noites do Coliseu. O Coliseu e os vereadores da Câmara escandalizam-se. O Ministro diz, como quem inteligente, que a produção de ópera ganha em ser centralizada na Casa da Música que já recebe dinheiro para nos dar cultura. A Casa da Música não tem condições para receber um espectáculo de ópera porque não tem fosse de orquestra (uma questão já muito discutida na altura da construção). O Ministro quer que a Casa da Música vá fazer os espectáculos ao Coliseu. O Ministro diz, como quem pouco inteligente, que o Coliseu deverá ser mais utilizado do que é. Pouco inteligente porque os exaltadores mudam as palavras para "o Coliseu faz pouca coisa" e aqui d'el rei que não fazemos assim tão pouca. Era envolver o La Féria e tínhamos uma nova rivolição.

Discutir o modelo de financiamento e produção de ópera no Porto é que não, que isso são assuntos aborrecidos. Vamos antes passar os próximos dias em estilo folhetim para depois acabar tudo sem ninguém saber bem como. E vamos ter esperança de que a vontade governamental faça com que as duas maiores salas portuenses estabeleçam parcerias em que uma deixa de ter a autonomia que sempre teve e a outra passa a ter que organizar espectáculos de ópera sem receber mais dinheiro por isso e sem se saber se quer mesmo.

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