Não vou questionar a credibilidade jornalística do (ou da, sei lá se me refiro como revista ou jornal) Blitz mas se os senhores querem estar na internet têm que o saber fazer em condições... Gerir conteúdos multimédia é mais do que copiar o código do embedded de vídeos aleatórios do youtube e impera algum bom senso.
Vejamos o exemplo da notícia «Especialista elege 10 álbuns "criminosamente ignorados" em 2008 - oiça aqui» que me chamou à atenção. Pensei eu que era uma bela oportunidade para conhecer artistas bons e underground (ou apenas underground). Pelo menos, assim parecia prometer e o «oiça aqui» ainda mais interesse me despertou.
Lá abri e vi os nomes dos 10 artistas e respectivos álbuns e para cada um deles um vídeo do youtube. Até aqui tudo bem, toca de começar a ouvir e descobrir de tudo um pouco, desde os The Bellrays, que apesar de terem já 8 álbuns apenas têm direito a um vídeo gravado com uma handycam/telemóvel de um cover dos AC/DC, a um vídeo da Emiliana Torrini que é 1/3 do making of do álbum com ela a falar por cima da música (vá, ao menos tem a ver com o álbum). Mas o melhor de todos é mesmo o exemplar do Del The Funkee Homosapien que é nada mais nada menos do que uma música do seu primeiro álbum, de 1991! E eu que estava a estranhar alguém ainda fazer música assim...
Será preguiça? Incompetência? Falta de vergonha? Não sei, mas não há dúvida que é pouco profissional.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
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5 comentários:
por estes lados já cascamos tanto na blitz online que já me custa dizer seja o que for. ^^
aquilo é o cumulo.
tenho é a dizer que também não concordo com a dita "especialista". :P
é preciso que alguém com poder de decisão editorial dê (pelo menos) tanta atenção à edição online como à impressa.
sim, era necessário tal coisa, mas algo me diz que ninguém pensou nisso.
A verdade é que o mau conteúdo do site não se reflecte nas vendas das revistas, porque (parece-me) nem toda a gente vai consultar o site com o espírito crítico em riste. O que o corpo editorial deles se esquece é que vivemos numa era digital e que o site é cada vez menos um complemento da revista.
Eu, pelo que vejo lá, tenho medo da Blitz (infelizmente, já não é no masculino - não quero ser chauvinista, mas quando o papel tinha joias de família apresentava-se em bem melhor forma) e sempre que vejo um exemplar na rua, mudo para o lado contrário da estrada ou simplesmente escolho um caminho diferente.
A Blitz impressa é uma boa leitura de casa de banho: Tem crónicas decentes e artigos comprados sobre bandas antigas que dão uma boa leitura de 10 minutos e depois pode ser usada como papel higiénico, já que as folhas nem são muito ásperas.
A Blitz online é como o youtube: Metade dos conteúdos são lixo e estão cheios de "guerras" e outras idiotices nos comentários.
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