sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A Geração Romântica

Ao fim de cerca de dois meses sem cá pôr os pés - refiro-me a escrever posts, pois não deixei de ler os - muitos - que foram saindo - estou de volta.

E para voltar, só podia escrever sobre este livro absolutamente fascinante, que há dois meses é leitura diária (vários capítulos têm sido alvo de repetida leitura...). Sobre este The Romantic Generation, apenas algumas breves palavras:

i) não conheço ninguém que escreva sobre música como Charles Rosen; é ao mesmo tempo densíssimo e ligeiríssimo, extraordinariamente profundo mas bem humorado, nunca banal nem pedante;

ii) todos os capítulos têm pontos de vista originais sobre os assuntos que versam - desde considerações estéticas gerais sobre o romantismo a ensaios sobre Chopin, Liszt, Mendelssohn, Berlioz, Schumann e a ópera no século XIX;

iii) os três ensaios sobre Chopin (quase um total de 200 páginas) são incrivelmente penetrantes e desfazem uma série de mitos sobre o polaco (não sabia construir grandes formas, é lamechas, etc, etc) - mais notícias sobre isso num post futuro (ou em posts futuros).

O livro leva-nos a reconsiderar todo o período (séc. XIX) e, no meu caso, só tem contribuído para aumentar o fascínio pela música desta época (sobretudo Chopin, Schumann e Liszt). Aconselho vivamente, sobretudo, a pianistas e compositores, mas o apelo do livro é, na verdade, para todos os músicos e amantes da música.

Para que isto não seja só texto, deixo uma das peças mais brilhantemente analisadas no livro (a terceira balada de Chopin):



Daniel.

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