sábado, 4 de outubro de 2008

Um dia de folk em Quintandona

No passado dia 20 rumei ao belo e rústico lugar de Quintandona, freguesia de Lagares, concelho de Penafiel para marcar presença no festival com o nome mais rijo deste país: o 2º Festival do Caldo e da Música Tradicional de Quintandona. Juntando os ingredientes da ruralidade, um caldo chamado de «Levanta Mortos» e cabeçudos a arder temos um espectáculo pitoresco, presenciado pelos inúmeros chefes de família de bigode farfalhudo e freaks genéricos.
Chegar lá não foi muito difícil, haviam várias setas a indicar o caminho e Quintandona não é muito afastado da estrada nacional. A chuva, no entanto, ameaçava estragar a festa. Felizmente, o meu telefonema para o compadre S. Pedro fez com que parasse ao fim da tarde e não voltasse mais. Infelizmente não parou a tempo de não encharcar os cabos e restante material eléctrico atrasando em 2 horas o início dos espectáculos e fazendo com que a noite acabasse já de madrugada.
Em relação aos espectáculos - que não fui lá só pelas bifanas e pelas sandes de porco no espeto - foram completamente opostos. O certo e o errado, o divertido e o monótono, o profissionalismo e o - perdoem-me - amadorismo.
A noite começou com os portuenses Comvinha Tradicional. O grupo desempenhou bem a sua função em termos técnicos mas a sua postura de músico-sentado-a-tocar-e-a-olhar-para-o-chão transformou melodias animadas e joviais em algo monótono e aborrecido. Uma pena.
Já o concerto dos Toques do Caramulo, com as suas modinhas de Águeda, foi uma lufada de ar fresco. Interacção e animação q.b. para um público que - para ainda lá estarem a uma hora tão tardia - tinha ido ao festival (em grande parte) pelos concertos. Foi muito bom. Uma atitude contagiante, uma execução técnica de qualidade, uma festa!
Esperemos que para o ano haja mais.

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