sexta-feira, 7 de agosto de 2009

As Escolhas do Marmelo (5)

Bem vindos a mais uma edição d'As Escolhas do Marmelo. Antes de mais gostaria de pedir desculpa pelo atraso na publicação deste artigo. Este atraso deve-se a motivos pessoais que nada têm a ver com o tema da semana.
Álbuns Para Ouvir Durante a Apalpação à Próstata:

O cancro, como todos sabem, é uma doença muito séria. Uma das suas vertentes mais assustadoras é o cancro da próstata, que pode mesmo causar disfunção eréctil.
Ainda assim, apesar do potencial perigo, poucos são os homens que gostam de se sujeitar ao principal método de diagonóstico: o toque retal.
Como podem imaginar, não há nada mais útil que uma lista de álbuns que ajudem a tornar a experiência o menos traumatizante possível. Na humilde opinião deste marmelo, as listas de álbuns para ouvir durante a apalpação à próstata sugeridas por outras publicações de menos qualidade falham por partirem do princípio que esta é uma actividade relaxante apreciada pela maioria dos homens, quando, segundo a wikipedia, 55% dos homens comunica desconforto durante o procedimento (dos restantes, 10% gostaram muito e 35% até gostaram porque foi uma médica a fazer mas não admitem com vergonha).

Partindo então do pressuposto contrário, de que esta não é uma actividade simpática, começo por recomendar um álbum óbvio: Dopethrone dos Electric Wizard. Há quem pense, e com alguma razão, que a melhor maneira de ir para um exame destes é anestesiado. Drogas naturais como cannabis e seus derivados são a escolha por excelência. Assim, da mesma forma, este álbum garante uma boa "pedra" natural que pode, de alguma forma atenuar a sensação de "desconforto" causada pelo exame.

Para quem achar que drogas leves não chegam, recomenda-se o uso moderado de Morphine. Pode ser que o Cure for Pain ajude mesmo...

Quem se decidir por uma abordagem mais zen, abstraindo a sua mente da sala da clínica e voando para paisagens mais tropicais e menos intrusivas, vai encontrar em California a escolha ideal. Dos Mr. Bungle do aclamadíssissississimo Mike Patton, banda que começou a carreira a tocar death metal para neste seu último álbum criar uma experiência única de fusão entre a pop e a electrónica (e a maluqueira do costume).

Se, por outro lado, confiar menos nos caminhos da mente e mais nos caminhos físicos, pode encontrar em Death of a Dead Day dos SikTh um bom escape. Coloque os auscultadores e berre, berre à força toda, tentando acompanhar as mudanças de andamento, que prometem ser uma bela distracção.

"Cautela" - dirão alguns - "com as solturas, se for para lá berrar". É verdade, caros leitores. Muitas pessoas poderão achar as sugestões anteriores relaxantes de mais, ou, no caso dos SikTh, que fazer força para os guturais pode dar asneira. Se este é o seu caso, recomendo Kimono My House dos Sparks. Repare, com tamanho falsetto, mais apertadinho você não pode ficar e não vai sair dali nem uma uva. Tenha tino e seja moderado, porque senão vai dificultar o trabalho do profissional que o atender.

Falta cobrir ainda um aspecto muito importante do processo que é o recobrar da compostura. Enquanto se endireita e espera que os músculos voltem à sua localização habitual, aproveite para ouvir algo que o faça sentir orgulhoso por ser um homem. Quantas mulheres conhece que tiveram de se sujeitar ao toque retal? Pois é, esta é uma das coisas que nós podemos fazer e elas não, a par de perceber os foras de jogo e pouco mais.
Sugiro que o leitor vá para casa, encete uma performance sexual de topo com a sua parceira sexual favorita (namorada/booty call/mão) ao som do álbum Tarantism de Tito & Tarantula que, inclusivamente vai ajudar a criar ambiente. São a banda que aparece no bar Titty Twister do filme From Dusk Till Dawn, na famosa cena da Salma Hayek com uma cobra.
(Agora que penso nisso, para ter feito o exame em primeiro lugar, se calhar já está com problemas durante a performance. Se for o caso, esqueça a última sugestão.)

Por esta semana é tudo, até à próxima!

Este artigo é interactivo e faz uso de novas tecnologias. Ainda assim, não é médicamente correcto e cita a wikipedia, o que toda a gente sabe que não se deve fazer. O autor é anónimo e manda avisar que ao ler o artigo, o leitor está a concordar que levar a cabo alguma das sugestões aqui descritas é da sua (do leitor) inteira responsabilidade. Para mais informaçõs consulte o seu advogado.

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