sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Noites Ritual 2008 - como foi

Lá fui eu (só) à 1ª noite das Noites Ritual. O espaço belo como sempre, a organização já com muitas edições anteriores de experiência, a massa humana portuense e tudo o mais... As bandas? Não vi Snail nem Sizo mas dos outros segue o bitaite.

A Jigsaw - a concha do Palácio é um palco bonito para concertos mais intimistas e os A Jigsaw não desiludiram. Blues sem grande inovação é certo, mas cumpriram bem a tarefa de abrir a noite com o seu número minimalista de guitarra/bateria/violino. Agradável e a acompanhar no futuro.

Micro Audio Waves - foi um concerto irregular, momento interessantes e outros aborrecidos. O Flak não estava lá. A vocalista Cláudia F tem uma boa presença em performance embora com uma comunicação nula com o público. O alinhamento foi mal escolhido... ninguém termina um concerto de electrónica como a que eles fazem com dois temas calmos... Falta-lhes um Danoninho para se elevarem do «normalzinho» e me convencerem...

Tiago Bettencourt & Mantha - confesso que este era o único concerto que queria mesmo ver na noite. Estava curioso para ver como seria este senhor a solo e como transporia ele o seu álbum para concerto em trio. Se houve momentos altos (como a «Cenário» ou a «Fome (Nesse Sempre)» com a participação do cachopo Samuel) houve um ou outro mais pobre num bocejo pseudo-experimental. Apesar de irregular, dou-lhe inequivocamente nota positiva. A comunicação com o público rompeu a aura de pretensiosismo muitas vezes associada ao senhor e a maior parte das músicas a solo resultaram bem. Fico à espera de uma próxima e de evolução.

Sam the Kid - goste-se ou não, foi o concerto da noite. Em palco tínhamos o artista propriamente dito, GQ e outro no habitual acompanhamento verbal, voz masculina e feminina para aqueles refrões mais R&B. Havia banda (e que diferença que faz!) com bateria, teclas e baixo. E havia Cruzfader... O concerto foi longo, com temas dos vários álbuns, muita comunicação com o público e um grande sentido de espectáculo e entretenimento. A resposta do público foi também muito boa - estava lá muita gente claramente só para o ver. Apesar de mentes mais formatadas poderem questionar o valor musical do concerto, ninguém poderá pôr em causa a performance. E para a memória futura da 1ª noite Ritual de 2008, é isso que fica.

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