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A vitória do Grammy para melhor álbum chamou-me à atenção para a falha de ainda não ter ouvido o álbum
Raising Sand - já editado em Outubro de 2007 -, fruto da união criativa de
Robert Plant e Alison Krauss. O álbum não é fantástico (mas também qual é mesmo o critério para se ganhar o Grammy?) mas é um prazer de ouvir. O mundo
blues-rock de Plant funde-se sem atritos com o lado
bluegrass-country de Krauss. O resultado tem os recursos estílisticos dos dois mundos, mas sem que nenhum se sobreponha, o que torna o álbum algo mais que uma parceria. As músicas são boas e bem arranjadas e o alinhamento do álbum está coeso. Resulta. O disco é doce, sereno, maduro, bom.
Os vocalistas são intocáveis. É bom ouvir a voz de Plant, num registo muito diferente dos Zeppelin, mais grave e mais calmo. Krauss é dona de uma voz doce, tocando também
fiddle. Ora cantam em uníssono, ora cabe um papel de maior relevo a um dos cantores, apoiado pelo outro nos coros. Destaque para a
bluesy e
storytelling «Fortune Teller», muito bem interpretada por Plant.
PS: Fala-se de que estão a decorrer novas sessões de gravações entre os dois músicos. Virá daí novo álbum?
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