O concerto da No Smoking Orchestra de Emir Kusturica foi o que promete sempre ser: uma festa. Desfilaram temas dos filmes «Gato Preto, Gato Branco» e «A Vida é um Milagre», assim como dos outros álbuns da banda, sempre num ambiente electrizante. O Pavilhão Municipal de Gaia praticamente cheio, o Kusturica de camisola número 10 do fê-quê-pê, as invasões de palco e o incansável Dr. Nelle Karajlic foram os pontos de maior destaque.
No dia seguinte estava no Passos Manuel para assistir ao concerto dos Zelig, integrado no festival Alta Baixa. Já os tinha visto em Barcelos mas aproveitei para rever o jazz sui generis e de grande qualidade musical deste quinteto que, entre guitarras, marimbas e serrotes, me traz à memória o universo zappiano. A sala encheu depressa e o concerto acabou com um quinteto de sopros em palco para a última música, numa junção de claro sucesso.
Já este mês, tive o privilégio de ver a muito poucos metros uma actuação do grande Júlio Pereira. O concerto, integrado na Festa da Poesia, foi na lotada Galeria Municipal da Biblioteca Florbela Espanca, em Matosinhos. Em trio com Miguel Veras (Realejo) na guitarra "acústica" e Sofia Vitória (Operação Triunfo :p) na voz e teclados, apresentou, à semelhança do concerto na Casa da Música em Maio passado, o excelente último álbum «Geografias». De diferente tivemos o ambiente - mais intimista, com mais conversa e mais histórias (tão bom) - e uma versão do tema tradicional La Molinera. De igual tivemos a boa música e a excelente (e bem-disposta) presença do trio.
PS: Três concertos com lotação esgotada... devo estar a ficar mainstream. Voltem concertos com 10 pessoas!
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
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4 comentários:
MENTIRA!!!
Em Zelig, o palco encheu com um quinteto de sopros, é verdade. Mas só um metal, os outros quatro eram madeiras!
mil perdões! vou já editar que esta deve-te ter tocado lá no fundinho.
:p
Gostei da imagem do "universo zappiano". Não tinha pensado nisso. Se lhe puseres uma voz brincalhona com as letras apropriadas, realmente lembra o tio frankie
eu já tinha pensado nisso, de como seria se os Zelig tivessem alguém na voz, a la Zappa. acho que resultava mesmo bem, mas compreendo que possam querer manter-se instrumentais e não imitar ninguém. eu é que gostava.
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