Porque há concertos que são mais que simples debitar de músicas:
«É já o segundo disco ao vivo de Leonard Cohen editado este ano. Mas 'Live at the Isle of Wight 1970' é especial. É o retrato do concerto que o canadiano deu às duas da manhã na ilha britânica perante uma multidão em fúria que apenas se acalmou com as suas palavras (...)
Não são raras as vezes que o Festival de Ilha de Wight é referido como o "Woodstock britânico". E na verdade nesta terceira edição o festival foi transformado numa autêntica arena de manifestações políticas.
Os organizadores esperavam, no máximo, 200 mil pessoas. Apareceram mais 400 mil. A maioria, animada por um espírito revolucionário, recusava-se a pagar o bilhete de entrada. Então, os organizadores colocaram uma vedação à volta do espaço onde se realizava o certame, o que só intensificou a fúria da multidão. (...)
Antes de Cohen subir ao palco, parte deste tinha sido incendiado durante o concerto de Jimi Hendrix (...) A veterana das canções de protesto Joan Baez ofereceu-se mesmo para actuar antes de Jimi Hendrix e tentar acalmar a fúria que se vivia no recinto. Mas nem ela conseguiu impedir que os protestos se propagassem. No meio de todos estes distúrbios foi incendiado um piano.
(...) a multidão acalmou-se quando o cantor [Leonard Cohen] começou a contar uma história dos tempos em que era criança e o seu pai o levava ao circo, e havia sempre um homem que se levantava e pedia que todos acendessem um fósforo para poder ver as pessoas no meio da escuridão. E a propósito, Cohen pediu aos milhares que se encontravam à sua frente para também acenderem um fósforo para que se pudessem ver melhor uns aos outros. (...)
Artigo completo no DN.
domingo, 8 de novembro de 2009
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