Numa terra em que tudo tem de ser feito "by the book", onde ha protocolos para todo e qualquer procedimento, que sem terem, na sociedade de uma forma geral, a hipotese de "tocar de ouvido" uma vez que seja, porque tudo ja esta (tentam) previsto, simulado e preparado, a capacidade criativa acaba por ser ligeiramente crastada.
E de certeza que as sinapses mais responsaveis pela improvisacao acabam por ser ligeiramente afectadas.
Eu tinha esta sensacao. Mas nao tinha provas.
Ate ontem.
A jam session na UCL foi das coisas mais sensaborosas, musicalmente falando, que ja vi na vida.
Nao 'e que os gajos nao soubessem tocar, que alguns ate sabiam.
Mas a verdade 'e que nao havia solos.
Havia os exercicios previstos nos Jamey Abersold's em cima da harmonia que a banda seguia. Havia a harmonia que a banda seguia, que era aquela que estava escrita no real-book.
Havia os gajos dos sopros (principalmente), que sabiam que "no jazz faz-se tema-solo-solo-tema", por isso 'e preciso fazer alguma coisa entre os chorus do tema, mas de preferencia que nao se ouvisse nem se destacasse o que estavam a fazer.
Mas solos, solos nao havia.
Claro que nao posso tomar esta amostra como sendo estatisticamente significativa (salvo erro o Courtney Pine 'e londrino), mas esta foi uma experiencia muito proxima de "epic fail".
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
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3 comentários:
parece que os deus de jazz te enviaram para a terra dos bifes para espalhares a palavra e mostrares a luz a esses robots desinspirados. show'em some joker attitude.
Esta calado pa... que desilusao que eu tive. E fiquei mesmo com vontade de ir dar uns toques, em principio para a semana ja ca tenho a minha boquilha hehehe
Ou levo o EWI comigo, e esta feito. Tugas a mostrar novas tecnologias aqui a bifalhada 'e sempre bonito, nao?
já estou a ver em parangonas nos jornais ao lado das notícias sobre a maddie ter sido vista no uzbequistão:
«Diogo Trigo, the Mourinho of Jazz, the Ronaldo of Sax»
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