quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Dez curiosidades floydianas
In 1967, Pink Floyd began employing roadie Pete Watts, who rose through the ranks to become their chief sound engineer. Watts can also be heard laughing between tracks on the band’s Dark Side Of The Moon album. He died in 1976. His daughter Naomi accompanied the group on tour as a child, and went on to become a successful model and actress, starring in the movies, 21 Grams and Mulholland Drive.»
Mais em 10 things you probably didn't know about Pink Floyd, a partir do livro «Pigs might fly, the inside story of Pink Floyd» de Mark Blake.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Novo festival?
«É já na próxima Terça-feira, 4 de Novembro, que é anunciado, em conferência de imprensa, aquele que é descrito como "o mais inovador evento musical dos últimos anos em Portugal".
Em comunicado, a Música no Coração e a Super Bock garantem que, ao longo de duas noites, os espectadores do evento, ainda por baptizar, irão poder ver "mais de 20 dos mais estimulantes e refrescantes projectos musicais nacionais e internacionais da actualidade".»
in Blitz
terça-feira, 28 de outubro de 2008
There Will be Blood [2007] OST
Desde o início de There Will be Blood a minha atenção centrou-se na banda sonora, apesar da sua profunda ligação e complementaridade com a parte visual, e fiquei absolutamente abismado ao vê-la crescer e adensar ao longo do filme, ao ponto de nas melhores cenas (com algumas excepções, a utilização da música não se faz sempre nos mesmos moldes - e ainda bem) dominar por completo a acção.
Quando o filme acabou corri a informar-me sobre a banda sonora, que julguei ser uma compilação, sobretudo por causa da diversidade estilística e técnica - temos desde (perdoem-me os palavrões, eu próprio não gosto de os usar) uma escrita minimal a pós-moderna, para orquestra completa e para quarteto de cordas, com alguns salpicos de electrónica. Acontece que o seu autor (da grande maioria, pelo menos) é o nosso amigo Jonny Greenwood, mais conhecido como guitarrista dos Radiohead, que me parecem cada vez mais um poço sem fundo em termos criativos. Jonny já nao tinha nada para me provar quanto à sua qualidade, mas ouvir tão boa música e bem diferente do que estava habituado representou ainda assim uma enorme surpresa!
Estamos a falar de Música Contemporânea de primeiríssima água, como pouca tenho ouvido vinda de compositores dum meio mais erudito/académico. E podem fazer-lhe festinhas que não morde.
Ah, e o filme era bonzito.
Cansei desta gente
Algo que me acita a curiosidade é saber a receptividade do público. Depois do que aconteceu há um par de meses, em que, sendo cabeças de cartaz (e anunciadas como tal) no Alive '08, cancelaram o dito concerto de véspera. Porquê? Porque tinham compromissos publicitários. É... não sei porquê não me pareceu bem jogado.
Já dei anteriormente a minha opinião sobre isso; a questão é que toda a curiosidade que ainda subsistisse se esvaiu no momento em que a guitarrista, em entrevista ao jornal metro (li hoje de manhã no dito cujo, mas online a notícia só está disponível no site da blitz) assumiu que cada concerto é contido, porque "Não podemos queimar toda a energia, porque senão não se consegue aguentar uma tournée".
Basicamente são meninos que cheiram a leitinho, que avisam à partida que não vão deixar a pele em palco, para não se cansarem muito. Por mim tudo bem. Eu também ando meio cansado, por isso fico em casa também.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Porcupine Tree @ Porto
Expulsado do meu lugar sentado pelos seguranças do Sá da Bandeira, que entre as duas bandas se lembraram que queriam ter fechado o balcão mas se tinham esquecido, rumei para junto da plateia lotada de fãs à espera da banda da noite. E lá chegou Steven Wilson e companhia, para mais de 2 hora de música e 2 encores, com um alinhamento centrado sobretudo nos últimos três álbuns. Foi um bom concerto, com um desempenho extremamente competente e profissional dos músicos. As músicas do último álbum - «Fear of a Blank Planet», que deve ter sido tocado na íntegra, foram acompanhadas da projecção de vídeos, ajudando à performance.
Não foi um concerto excelente. Sofreu, na minha opinião, por ter recorrido a poucas músicas mais antigas, acabando por andar sempre à volta das mesmas sonoridades, dada a uniformidade entre os três últimos álbuns. Sofreu também pelo constante alternar entre uma música mais pesada - uma balada - uma música mais pesada - uma balada - etc. Concluindo: o concerto teve alguns momentos muito bons, pautando-se no entanto por uma constância que, apesar de ser de elevada qualidade, me deixou a ansiar por algo mais.
Outonalidades'08
Cliquem no cartaz ou vejam, para mais informações, o folheto electrónico, a lista de bandas e espaços ou o cartaz completo.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Box da Motown
«Motown will celebrate its 50th anniversary with a mammoth boxed set, "Motown: The Complete No. 1's," due Dec. 9. The 10-disc package features 191 songs, all of which have topped a chart in the United States or internationally.
Naturally, Stevie Wonder, the Supremes, Marvin Gaye, Tammi Terrell, the Four Tops, Martha & the Vandellas, Mary Wells, the Temptations and Gladys Knight & the Pips are represented throughout "The Complete No. 1s.»
Alinhamento completo aqui.
Um Mundo Catita
as minhas coisas favoritas (belo!)
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Partilhar a Fúria
Para fazerem o download gratuito do vídeo da actuação, é só dirigirem-se à secção de downloads do site da banda.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
3 milhões de «In Rainbows»
Os 3 milhões incluem os downloads no site oficial, cópias em CD, uma caixa de luxo com dois discos em vinil (que terá vendido 100 mil cópias) e vendas através de lojas digitais, como o iTunes.
Recorde-se que In Rainbows foi disponibilizado pelo preço que o comprador quisesse pagar no site oficial dos Radiohead e só depois começou a ser vendido nas lojas (físicas e digitais).
O registo subiu ao primeiro lugar das tabelas norte-americana e britânica quando saiu em CD e antes já tinha rendido à banda mais dinheiro que o relativo ao total de vendas do antecessor Hail to the Thief.»
in Blitz
Coral de Letras - Abertas AUDIÇÕES (25 de Outubro)
- No próximo sábado, 25 de Outubro a partir das 15h, o Coral de Letras da Universidade do Porto realizará audições a todos os interessados, com o objectivo de reforçar o grupo por forma a responder aos projectos em que está envolvido. Para informações mais detalhadas, ver o site.
Relembro que o Coral de Letras está aberto a todos, não tendo que pertencer nem à Faculdade de Letras nem à Universidade do Porto. Se gostas de cantar, aparece!
As audições terão lugar nas instalações do Coral, na Rua dos Bragas (à Faculdade de Direito da Universidade do Porto).
- Amanhã (quarta-feira, dia 22 de Outubro), se sintonizarem a Antena2 pelas 8h 30 (da manhã) poderão ouvir uma pequena entrevista ao Maestro José Luís Borges Coelho, em que, entre outras coisas, se deverá referir a estes projectos e às audições de próximo sábado.
Ficamos à vossa espera!
Dois concertos a não perder!
- Quinta-feira, 23 de Outubro, às 21h 30, na Câmara Municipal de Matosinhos, concerto pelo Quarteto de Cordas de Matosinhos, em que, entre outras obras, estreará o Quarteto de Cordas do compositor Fernando Lapa (cf., por exemplo, aqui e aqui).
- Sexta-feira, 24 de Outubro, às 21h, na Casa da Música, concerto comemorativo do 8º Aniversário do Remix Ensemble, em que poderemos ouvir algumas obras para dois ensembles (Remix Ensemble + Musik Fabrik - grupo alemão de música contemporânea). O concerto conta com obras de Birtwistle, Kurtag e Xenakis. Informações mais detalhadas aqui.
Resumindo, a não perder!
Daniel.
Um sonho feito de imagens e sons
Refiro-me ao absolutamente extraordinário filme O Convento, exibido na passada terça-feira, 14 de Outubro. A atmosfera do filme é de tal forma sombria, onírica e alucinada que, como alguém disse, depois de vermos o filme não temos bem a certeza se o vimos ou sonhámos. A fotografia e o sentido do enquadramento são, como é habitual em Oliveira, não menos originais do que irrepreensíveis. E quatro actores verdadeiramente alucinados, autênticos espectros movendo-se na tela: John Malkovich, Catherine Deneuve, Luís Miguel Cintra (o melhor dos 4!!!) e Leonor Silveira.
Bem, e perguntam por que razão um post destes num blog sobre música. Por duas razões. Em primeiro lugar, porque esta forma de contar histórias, pelo encantamento que provoca, é essencialmente musical. Depois, porque a música tem um papel essencial no filme, como contraponto da imagem, contribuindo decisivamente para reforçar o seu carácter alucinado - é, de facto, a música que, em boa medida, dá profundidade à imagem, lhe dá relevo, um outro significado. Deixo este pequeno excerto do YouTube, que não deixa adivinhar a história de modo demasiado descarado, mas que pode dar uma ideia do que estou a falar.
(Haveria, aliás, muito a falar sobre a utilização da música em Manoel de Oliveira, numa abordagem tão pessoal quanto a de, por exemplo, Stanley Kubrick ou Andrei Tarkovsky (cf. aqui). Voltarei a este assunto.)
NOTA: Creio que a música é de Sofia Gubaidulina, como a maior parte da banda sonora, mas ainda não consegui confirmar relativamente a esta passagem em particular.
Daniel.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Eu beijei uma rapariga e gostei
Horray! O fetiche lesbiano ainda vende! Todos já devem ter ouvido a música "I Kissed a Girl" da norte-americana Katy Perry, quer na sua versão original quer na versão "rock remix" (o que quer que isso seja). Quem não ouviu saiba que é uma música tocante e profundíssima sobre uma menina que beija outra menina e espera que o seu namorado (que é menino) não queira deixar de brincar aos médicos com ela por causa disso. Ou então não (a parte dos elogios à musica, não a do tema). Pois a música lá tem feito sucesso (com um teledisco com muitas meninas e pouca roupa) e a jovem tem dado entrevistas e tal... o percurso normal dos one-hit wonder dos states. Já sabemos que os pais são pastores (não dos rijos das ovelhas), que a mãe de ascendência portuguesa namorou com o Hendrix, que o pai era um drogado que a religião salvou, e que gostaria de beijar a Angelina, a Scarlett e a Portman.
Gosto especialmente de uma declaração sua: «Hoje em dia, há muita música vazia de sentido».
Deixo-vos com um belo dum vídeo. Os trejeitos soft eróticos chegaram, assim como o ridículo. Depois do strip da bela vestimenta enquanto cantava (assim para o malzinho) surge o mergulho para um bolo gigante. Vejam depois, a partir dos 3:40, os belos dos tralhos!
«Os meus pais estão muito orgulhosos de mim. Não sou uma drogada nem ando por aí despida. Posso cantar sobre um pequeno beijo, mas as coisas ficam por aí.»
Priest Feast
Judas Priest, Megadeth e Testament numa só noite no Pavilhão Atlântico dia 17 de Março de 2009.
\m/
Metafonia: o valor da marca
Mas esta posta não é sobre os gigantes britânicos (e anões finlandeses), mas sim sobre os Madredeus. Por muito que goste da obra do Pedro Ayres de Magalhães, e mesmo sabendo do seu papel como mentor do projecto, não posso deixar de ficar incomodado com as notícias do novo álbum, editado hoje.
Depois da saída de Teresa Salgueiro, José Peixoto e Fernando Júdice, e ficando apenas Pedro Ayres de Magalhães e Carlos Maria Trindade, foram recrutadas duas vocalistas: Mariana Abrunheiro e Rita Damásio. Como não chegava para fazer a "nova música" dos Madredeus, junta-se a «Banda Cósmica» (menos...) composta por: Ana Isabel Dias (harpa), Sérgio Zurawski (guitarra eléctrica), Gustavo Roriz (guitarra baixo), Ruca Rebordão (percussão), Babi Bergamini (bateria), Jorge Varrecoso (violino) e Sofia Vitória, Cristina Loureiro e Marisa Fortes (coros).
Não consigo deixar de ver esta continuação como uma valorização do nome da banda como marca em detrimento da vertente de carreira artística, que é algo mais que um nome e umas rodelas de plástico. Mas isso é o meu lirismo a falar. Decerto que o senhor lá terá os direitos ao nome e poderá reivindicar o projecto como seu filho - o seu papel na história dos Madredeus é inegável e de se tirar o chapéu! Mas mesmo assim, não acho que faça sentido.
Como também estou aqui para informar, resta dizer que o álbum «Metafonia» será duplo, com 12 temas inéditos e 7 regravações (há que manter o fio condutor de alguma forma, além de serem precisas músicas para os concertos).
O álbum será certamente de qualidade. Os seus compositores assim o indicam. Mas preferia um nome diferente, só isso.
Mais informações aqui, aqui, aqui e também aqui.
domingo, 19 de outubro de 2008
We' jammin'
Dia 7 de Novembro, um dos maiores músicos e caras do "free-jazz", Ornette Coleman, vem ao Coliseu do Porto apresentar o seu recente "Sound Grammar", que lhe valeu, entre outros, um Pulitzer em '07.
Mais a norte, também em Novembro, temos a edição de 2008 do Guimarães Jazz. Um dos mais míticos festivais de jazz do nosso país apresenta um cartaz fortíssimo:
13/11 - Kurt Elling Quartet
14/11 - Big band ESMAE
14/11 - Steve Coleman and Five Elements
15/11- Ben Monder, Matt Pavolka, Pete Rende, Alexandre Frazão, João Moreira
15/11 - Django Bates and storMCHaser - Spring is here (shall we dance?)
19/11 - Marcus Strickland Quintet
20/11 - The Cookers - Lee Morgan 70th Birthday Celebration
21/11 - Kenny Barron Trio
22/11 - Metropole Orchestra conducted by Vince Mendoza
Mais informações n'A Oficina
sábado, 18 de outubro de 2008
Indo eu a Recardães
Paragem em Aveiro para apanhar uns amigos, e descobrir que a internet mentiu ao dizer que havia bilhetes à venda no Mercado Negro - só havia passes para o festival inteiro. Nova paragem em Águeda para descobrir que a internet mentiu outra vez ao dizer que havia bilhetes na sede da d'Orfeu. Aumenta a preocupação com o aproximar da hora e a noção da popularidade que os filhos da terra têm nas imediações serranas. Preocupações escusadas (ou não, porque o sítio encheu mesmo) pois lá conseguimos comprar os nossos bilhetes à chegada ao Auditório da Junta de Freguesia de Recardães. Jantados no à beira da estrada «Zito dos Leitões» (rijo!) lá fomos para o dito cujo concerto.
As minhas expectativas estavam altas: ja tinha visto os Toques do Caramulo duas vezes e os Galandum Galundaina uma. Sabia que era provavelmente a única hipótese de ver os Galandum sem me aborrecer (mesmo assim aborreci-me). E o encontro das duas bandas já tinha acontecido uma vez... e prometia.
O que se seguiu foi um belo espectáculo que envolveu dezenas de pessoas, entre as referidas bandas, coro ("normal" e infantil), Pauliteiros de Miranda (muito bom!) e recriações, coreografias e trajes típicos.
Nunca tinha visto um concerto de folk com tanto público, estavam centenas de pessoas a lotar por completo a sauna - perdão, o Auditório - de Recardães. O concerto foi muito bom. Os vários intervenientes acrescentaram um óptimo colorido à actuação - já por si habitualmente vistosa - dos TC, e a fusão do Caramulo com as terras de Miranda foi feliz. Fica na memória. Siga de volta para casa que há 80km à espera de serem percorridos.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Ópera em Cinema - Parsifal
Pois então, está a decorrer na Fundação de Serralves um ciclo de cinema em que é apresentada toda a obra de Manoel de Oliveira, acrescida de outros filmes, creio, por ele escolhidos (ou que de qualquer forma, têm afinidades com a obra dele). Esses filmes incluem Rebecca de Hitchcock, Le Charme Discret de la Bourgeoisie de Buñuel, A Paixão Segundo Mateus de Pasolini, entre muitos muitos outros. Um desses outros é o motivo deste post: o fabuloso, extraordinário Parsifal, do realizador alemão Hans Jürgen Syberberg, que consiste numa encenação fílmica da ópera de Wagner, ópera essa que contem alguma da música mais sublime alguma vez composta.
Não me vou alongar muito. Muito menos discutir as supostas simpatias nazis que estão implícitas tanto na ópera de Wagner como no próprio filme. Parecem-me aliás, ideias sem qualquer fundamento. Queria apenas referir que, apesar da limitação do propósito inicial (tratando-se de filmar uma ópera), os cenários, a cor da fotografia, o trabalho dos actores (ouvimos uma gravação por cantores profissionais, mas vemos actores que, embora também tendo cantado nas filmagens - o grau de detalhe com que Syberberg filma as expressões faciais, durante o canto, é verdadeiramente extraordinário -, são dobrados), a mobilidade hiptónica da câmara conferem ao filme uma força incrível. As pouco mais de 10 pessoas que assistiram a este filme no passado Domingo nem sentiram pelas quatro horas a passar... (não houve intervalo, de resto)
Mais informações aqui e aqui.
Dois pequenos excertos (pequenos por comparação com a duração da ópera...):
do Prelúdio:
do Segundo Acto:
Daniel.
Ciclo de Piano da Casa da Música
O programa detalhado em formato electrónico pode ser consultado aqui.
Folk a sul
Hypertensão
Decidi não mencionar aqui nem os Mastodon nem os Protest the Hero (ups, afinal mencionei). Os primeiros porque são aclamados por toda a gente incluído imprensa não especializada. Os segundos porque já falei deles aqui. Se gostam de alguma das duas são capazes de apreciar as bandas seguintes porque partilham uma ideia ou outra
Dois estilos brutalíssimos que outrora viveram separados - o death metal e o hardcore - hoje são um, quando falamos de deathcore(!). Nomes à parte, nesse universo há uma banda que considero acima da média, os All Shall Perish. São guturais, sim, mas variados, e os intrumentais são bons.
Um pouco mais perto do mathcore vivem os SiKth que acabaram à pouco tempo depois da saída dos dois vocalistas (que eram um dos grandes trunfos da banda). Não se deixem enganar, o instrumental também é fenomenal. Pergunto-me se estes gajos conseguem mesmo decorar isto tudo ou se vão para palco ler pautas.
Não posso falar de mathcore sem mencionar os The Human Abstract, que incluem influências díspares como o neoclassical metal (sim, mãos em chamas e assim) para cunhar o seu próprio estilo.
"Ah, mas eu curto Mastodon mais por causa da componente do sludge e não sei o quê" - Se é isto que estão a pensar não desanimem. Os Baroness estão aqui para vocês. Metal alternativo/progressivo com um cheirinho a pó e a lama.
E é tudo para já. Já sabem que podem contar comigo para partilhar tudo aquilo que vou ouvindo de bom (e às vezes de mau), seja de que estilo for.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Música para a Crise Financeira
The Beatles - You Never Give Me Your Money
You never give me your money
You only give me your funny paper
And in the middle of negotiations
You break down
I never give you my number
I only give you my situation
And in the middle of investigation
I break down
Out of college, money spent
See no future, pay no rent
All the money's gone, nowhere to go
Any jobber got the sack
Monday morning, turning back
Yellow lorry slow, nowhere to go
But oh, that magic feeling, nowhere to go
Oh, that magic feeling
Nowhere to go
Nowhere to go
One sweet dream
Pick up the bags and get in the limousine
Soon we'll be away from here
Step on the gas and wipe that tear away
One sweet dream came true today
Came true today
Came true today
Came true today (yes it did)
One two three four five six seven,
All good children go to Heaven
Kusturica em Gaia
O concerto vai ser no Pavilhão Municipal de Gaia, 21 de Novembro, 22h00.
Post 1.0
Resumidamente: as leis de copyright afirmam qualquer coisa do estilo "ao adquirir esta obra é-lhe permitido utilizá-la unicamente a nível individual, sendo proibida a sua reprodução em local público". O que isto visa é impedir que outros andem a ganhar o seu à custa do trabalho dos músicos.
Para alguns, é apenas uma atitude reprovável da Passmusica (que encetou esta accção), a tentar garantir o seu tacho. Para outros é algo que já devia ter sido feito há bastante tempo. Convenhemos, a cada um, o lucro do seu trabalho, não?
Isto promete não ficar por aqui, uma vez que esta foi a primeira de 500 providências cautelares a cair. Aguardamos os próximos capítulos...
Esta quinzena nas FNAC's
Destaques para esta quinzena nas FNAC's do Grande Porto (NorteShopping, Santa Catarina, GaiaShopping e a nova do MarShopping): Thanatoschizo, X-Wife, Mesa, José Cid, Peixe:Avião, Trabalhadores do Comérico, Old Jerusalem.
Agenda completa aqui.
Off-topic: Isto anda forte de concertos. The Stranglers a 30 e 31 de Janeiro na Aula Magna e no Pavilhão Municipal de Gaia, respectivamente. E Norberto Lobo amanhã na Tertúlia Castelense. É só escolher.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Coro profissional da Casa da Música
(...)
O projecto era já uma pretensão da Comissão Instaladora da Porto 2001, criada há precisamente dez anos, mas só agora estão reunidas todas as condições - incluindo as orçamentais - para se dar corpo a uma formação que, em certas ocasiões, chegará aos 80 elementos. No entanto, o núcleo de 16 cantores é o que terá uma base de trabalho mais regular.
(...)
"Ainda não sei, honestamente" é a resposta de Hillier quando se fala das expectativas que tem em relação ao Coro Casa da Música. Apenas avança dois objectivos concretos: "Explorar a música antiga e, ao mesmo tempo, apresentar repertório contemporâneo". (...)
A este propósito, António Jorge Pacheco refere que o referido núcleo de 16 cantores "permite abordar cantatas de Bach ou música 'a cappella' e permite defender muito bem o vastíssimo património português da música antiga, desde o Renascimento até ao início do período Barroco". O vasto catálogo de Fernando Lopes-Graça será outra das apostas da Casa da Música para os programas do coro, na versão de 16 elementos.
(...)»
artigo completo in Jornal de Notícias
Mais um punhado de breves
- Início do ano das universidades traz semanas de recepção ao estilo de uma Queima de início de ano. Coimbra tem Sugababes, Silicone Soul, Chus e Ceballos, Sérgio Godinho, Da Weasel, Xutos & Pontapés, Rui Veloso, Classificados, You Should Go Ahead, entre outros. Aveiro tem José Cid, Wraygunn, Ana Free, Irmãos Verdades, X-Wife e Slimmy.
- Está para breve o concerto dos dEUS: no próximo Domingo, 19 de Outubro (Aula Magna, Lisboa) e a 21 de Outubro, no Teatro Sá da Bandeira, no Porto. A abrir estará o mais recente fenómeno português, saídos da igreja baptista: os Pontos Negros.
- «Tonight», o novo disco dos Franz Ferdinand, estará à venda a partir de 26 de Janeiro.
- Os Sisters of Mercy voltam a Portugal para uma actuação no Coliseu dos Recreios a 16 de Março.
- Na altura em que lançam finalmente o seu primeiro «longa-duração», os Buraka Som Sistema ganharam o prémio MTV para melhor artista português, concorrendo com Rita Redshoes, Sam The Kid, Slimmy e The Vicious Five. No passado o prémio foi para os Blind Zero, Da Weasel (2004 e 2007), The Gift, e Moonspell.
Chama Perpétua
O que é que isso interessa? - perguntam vocês, enquanto se escondem num bunker anti-nuclear?
Nada! - respondo eu - Vou só deixar isto aqui:
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Steal This Comic
xkcd - A webcomic of romance, sarcasm, math, and language.
R.I.P. Anselmo
Da minha parte obrigado a todos que participaram, assistiram ou simpatizaram com o projecto. E sobretudo, obrigado ao Maestro (!) Paulo Peres, pela paciência inesgotável.
Oscar
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
A condenação de Beethoven
«Andrew Vactor, fã de hip-hop norte-americano levado a tribunal por ouvir música demasiado alto no seu automóvel, foi condenado por uma juíza do tribunal de Illinois a pagar uma multa de 150 dólares (aproximadamente 110 euros), mas poderia ter pago consideravelmente menos (26 euros) se tivesse aguentado 20 horas a ouvir Beethoven.
Segundo notícia da Associated Press, Vactor acedeu rapidamente à proposta, mas só conseguiu aguentar 15 minutos de música clássica. "Não consegui aguentar aquilo. Decidi pagar a multa".
A juiza disse que queria que Vactor percebesse o quão difícil é ouvir música de que não se gosta: "Penso que muita gente não gosta de ser forçada a ouvir música", mas acreditava que esta experiência o fizesse "abrir horizontes".»
in Blitz
História do rock português em 39 imagens
«A exposição Espelho meu: História do rock português em 39 imagens, dos artistas plásticos Sardine & Tobleroni inaugura esta Sexta-feira, 10 de Outubro, na galeria do Plano B, no Porto.
(...) as 39 imagens pintadas a quatro mãos por Sardine, nome artístico do músico português Victor Silveira, (...) e Tobleroni, pseudónimo do suíço Jay Reishner, sobe ao norte com o elogio a figuras do rock português como António Variações [na imagem], os GNR, o radialista António Sérgio ou o fotógrafo Cameraman Metálico.
(...) A exposição estará patente até 1 de Novembro.»
in Blitz
ver cartaz
domingo, 12 de outubro de 2008
Carl Orff a dar voltas no túmulo
Já há muitos anos que queria ver ao vivo uma interpretação da célebre cantata cénica de Carl Orff. Ainda não foi desta.
Antes de começar o espectáculo (com um belo atraso, parece que muita malta fina demorou a encontrar os vestidos enterrados no baú) ouvimos uns senhores atrás de nós comentarem: "nós nem gostamos disto, só viemos porque ele (o filho) tem que começar a ver coisas destas", e comecei a ficar preocupado. Desligam-se as luzes, continuam a ouvir-se telemóveis, ruído, pessoal a falar, cadeiras a ranger. Não estava a correr bem. Pior correu quando o primeiro acorde de "O Fortuna" soou num volume absurdo e com um timbre de plástico: estávamos a ouvir um CD! Parece que afinal quando se compra um bilhete para a Carmina Burana no Coliseu do Porto não se pode esperar ir ouvir música ao vivo...
Apesar do início atribulado, lá nos convencemos a tirar o máximo partido da experiência. De certeza que eles iam compensar com a qualidade do bailado, que outra justificação haveria para não se levar músicos? Acontece que os músicos não fariam o que ouvimos de seguida: um CD riscado que no fim de "Fortune Plango Vulnera" - o segundo momento da obra - saltou uma faixa para trás, e com a diferença de intensidade fez a coluna dar um estalo brutal. De resto, até ao fim da actuação os estalos, saltos e riscos foram uma constante, até se tornarem verdadeiramente insuportáveis. Juntem a isso uma péssima equalização que põe em primeiro plano o ruído de fundo do CD (que qualquer gravação tem), e têm uma receita infernal. Ao menos pudemos assistir a vários momentos cómicos com técnicos de som completamente às aranhas, em pânico e sem saber o que fazer.
Quanto ao bailado em si, e à encenação, posso dizer que esteve a par da vergonha a que assistimos: nunca os bailarinos estiveram sincronizados, havendo até momentos em que ficavam parados no meio do palco a rirem-se e a olhar sabe-se lá para onde porque não sabiam para onde deviam ir. Bailarinos que olhavam para os outros a tentarem imitá-los porque não sabiam a coreografia. Momentos de sapateado em conjunto que resultaram numa batida contínua porque estava cada um para seu lado. Um desajustamento completo face à obra: por exemplo, dançar o "Circa Mea Pectora" com vestidos verdes fluorescentes e com os passos do Can-can. Uma máquina de fumos daquelas dos concertos Rock que só funcionava quando a música estava em pianíssimo - conseguindo a incrível proeza de se sobrepor aos ruídos do CD!
Para abrilhantar ainda mais a coisa, temos o público que sempre que ouvia um acorde em fortíssimo desatava a bater palmas - apesar de a música continuar (isto é, quando não voltava para trás). Ao menos com músicos sempre podíamos fazer aquele compasso de espera ridículo entre andamentos, à espera que o público se cale.
Um pesadelo, de longe o pior espectáculo a que já fui. O Coliseu não se devia dar ao luxo de ter na sua programação (tantos e tão bons concertos que já lá vimos!) um ultraje destes. De fugir!
Oscar
sábado, 11 de outubro de 2008
Breves de Outubro
- Os Rush vão lançar o terceiro volume do seu best of «Retrospectives» (tracklist) e circulam rumores de uma nova tour ou de um EP.
- O dia 4 de Novembro traz a edição de uma caixa dos Led Zeppelin (importação japonesa), com todos os álbuns em réplica mini-LP (info).
- O dia 17 de Novembro trará «The Singles Collection Box Set Volume 1» dos Queen. Belo! (info)
- O Blitz tem publicado na sua página web fotos de vários artistas quando crianças (parte 1, parte 2, parte 3)
- O dia 23 de Novembro traz «Chinese Democracy» dos Guns n' Roses (sim, parece que é desta!).
- O concerto dos Depeche Mode no Super Bock Super Rock do próximo ano será no estádio do Bessa XXI.
- «Sam The Kid juntou-se ao baterista Fred Ferreira (...), ao DJ Cruzfader, ao baixista Francisco Rebelo e ao teclista João Gomes (...) no projecto Orelha Negra. (...) os Orelha Negra estão a trabalhar em novos temas desde há um ano e meio e a sonoridade reflecte as influências de cada um dos cinco elementos, do hip-hop ao funk, do jazz à electrónica.» (myspace) in iol Música
- Depois do Guitar Hero e do Rock Band, o próximo passo traz o DJ Hero (info).
- Do lado dos Radiohead, tivemos o 1º aniversário do lançamento do «In Rainbows», o 40º do Tom Yorke, e os rumores de concertos na América Latina e da participação do Tom num novo single da Bjork.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Moonspell lançam DVD
Depois de muitos adiamentos e nomes (evoluindo de acordo com a pose do momento) e resolvidos os problemas de copyright invocados em adiamentos passados, está aí para saír o aguardado «Lusitanian Metal»... Dia 21 de Novembro vê a luz do dia (ha!) o duplo DVD que reúne, além do esperado concerto na Polónia de 2004 no primeiro disco, material raro e antigo das várias digressões num espectacular segundo disco que será interessante de ver.
DVD 1
LIVE AT THE CITY OF RAVENS (Metalmania, Poland 2004)
TOUCH ME IN THE EYES (video compilation from Opium to I will see you in my dreams, including the never seen making of from Everything invaded)
CENTURY MEDIA YEARS (Discography)
KNOWELDGE (Graveyard impressions, exclusive and extensive interview with the band members shot in a Lisbon graveyard)
DVD 2
Small Hours - The Early Days (1992-1994)
Live Rehearsal
Moonspell's First Show
Supporting Cradle of Filth
Strange Are the Ways of the Wolfhearted Tour (1995-1996)
Supporting Napalm Death
Perverse Almost Religious (1996-1997)
Krakow 1996
Dortmund 1996 (previously unseen)
It's a Sin Tour (1997-1999)
Ermal 1999
The Butterfly Effect Tour (2000-2001)
Coliseu 2000
Darkness and Hope Tour (2001-2003)
Release Party for "Darkness and Hope"
Ermal 2002
Spreading the Eclipse Tour (2003-2005)
With Full Force - 10th Anniversary
Istanbul 2004
Athens 2004
Hard Club 2004
Tejo 2005
Alinhamento completo aqui.
PS: O site dos Moonspell, cuja remodelação é tão antiga quanto as notícias do DVD, também já está online. Dois milagres duma vez só.
Glastonbury recusou Pink Floyd
«Rick Wright, teclista dos Pink Floyd recentemente falecido, queria ter tocado na edição deste ano do festival de Glastonbury mas o concerto da banda foi recusado pela organização devido a questões logísticas. Apesar de ser um dos últimos desejos do músico, que travava uma longa batalha contra o cancro, o festival não conseguiu encaixar a banda no cartaz.
Foi o colega de banda David Gilmour quem revelou a história ontem na cerimónia de entrega dos prémios da revista Q, onde os Pink Floyd receberam um prémio de carreira. Segundo notícia do jornal Guardian, Gilmour disse: "Uma das últimas coisas que ele queria ter feito, neste último ano, era tocar num grande festival, como o Glastonbury. Não conseguimos fazê-lo por toda uma série de estranhas razões, o que é uma pena".
Emily Eavis, uma das organizadoras do festival, já respondeu às declarações de Gilmour, dizendo que o sucedido nada teve a ver com os Pink Floyd e que o problema foi mesmo o facto de não os conseguirem encaixar no cartaz. Eavis disse: "Recebemos uma chamada do agente deles três semanas antes do festival e já tínhamos contratado três cabeças de cartaz, a única hipótese era tirar algum deles e nunca fizémos isso antes. Não podíamos dizer apenas 'desculpem, mas vão ter de tocar antes de alguém porque apareceu uma banda maior'". (Uma das hipóteses consideradas foi a de passar os Kings of Leon para segundo plano).»
in Blitz online
Sem comentários.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
O Shred do Fred
Isto é um pedaço daquilo que nos espera quando essa grande banda se rerereunir:
Fred mostra que mesmo sem Wes a banda tem um guitarrista à altura!
Biscoito Estragado
Mais más notícias. O diz que disse dos internets anuncia que os Limp Bizkit podem estar a reunir-se. O rumor surgiu após uma mensagem de Fred Durst no myspace da banda:
"Hello my dear family members. Yes, it has been a while. But a while worth the wait"
"It is getting very close to time to drop the Bizkit on the universe. I say this with the absolute best intentions and motivation."
"We, Limp Bizkit, are excited about the future for us and for you. LBF is the way. LBF is for life. Let's stir some shit up my friends."
É ainda de referir que o guitarrista Wes Borland continua sem se aliar à causa, estando empenhado nos seus projectos como é o caso de Black Light Burns, banda onde é vocalista com álbum editado no ano passado, Fear and the Nervous System, uma super-banda com membros de Korn, Bad Religion e Faith no More, tudo isto além de se ter juntado à banda de Marylin Manson como anunciado numa conferência de imprensa em Agosto.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Depeche Mode no Porto
«Os Depeche Mode são o primeiro grande nome confirmado para os festivais lusos em 2009. A promotora «Música no Coração» anunciou que a banda de Dave Gahan, Martin Gore e Andrew Fletcher vai estar presente no dia 11 de Julho, no 15º Super Bock Super Rock, no Porto.»
in iol Música
O Melhor Bigode do Rock - Resultados da votação
3º Lugar - Lemmy Kilmister: Toda a testosterona de Lemmy junta com alguma droga vale-lhe um terceiro lugar n'O Melhor Bigode do Rock. O bigode enfeitado com verrugas leva medalha de bronze!
2º Lugar - Frank Zappa: Marca registada é sempre sinal de prestígio. Cuidado fãs mais leais: andar com um bigode destes para celebrar pode levar ao pagamento de direitos de autor!
Tenho um bigode deste tamanho!!
Dobrar Circuitos
Cada vez mais há exemplos no youtube do chamado circuit bending, ou seja, modificar aparelhos electrónicos e brinquedos de modo a criar novos instrumentos.
Scanner Scanjet - Vivaldi Spring
Van Halen em disco duro
Drive de disketes espacial
domingo, 5 de outubro de 2008
Featured Artists Coalition
FAC campaigns for the protection of performers' and musicians' rights. They want all artists to have more control of their music and a much fairer share of the profits it generates in the digital age. Their aim is to speak with one voice to help artists strike a new bargain with record companies, digital distributors and others, and are campaigning for specific changes.
The coalition is also intending to speak up for artists' rights. It wants changes to copyright law and for the rights of performers to be brought in line with those of songwriters. The body noted that when a song is played in a TV advert, on US radio or in a film, its authors are paid but the performers are not.
(...)
Talking about the FAC, Radiohead guitarist Ed O'Brien said: "For us, this is a no-brainer of an issue and we believe that all artists and musicians should be signing up to this too".»
in Brain Damage
Fading Commission @ GARE
No passado dia 26 fui vê-los ao GARE club. Às músicas antigas - que já conhecia - juntaram-se músicas novas dum álbum que há-de estar por aí a rebentar, mantendo-se fiéis aos seus predicados e entregando uma actuação coesa numa boa noite para o rock'n'roll. Infelizmente, não vi o concerto até ao fim mas não podia deixar de mandar o bitaite e divulgar uma banda que hei-de continuar a acompanhar.
Rock on!
sábado, 4 de outubro de 2008
Um dia de folk em Quintandona
Chegar lá não foi muito difícil, haviam várias setas a indicar o caminho e Quintandona não é muito afastado da estrada nacional. A chuva, no entanto, ameaçava estragar a festa. Felizmente, o meu telefonema para o compadre S. Pedro fez com que parasse ao fim da tarde e não voltasse mais. Infelizmente não parou a tempo de não encharcar os cabos e restante material eléctrico atrasando em 2 horas o início dos espectáculos e fazendo com que a noite acabasse já de madrugada.
Em relação aos espectáculos - que não fui lá só pelas bifanas e pelas sandes de porco no espeto - foram completamente opostos. O certo e o errado, o divertido e o monótono, o profissionalismo e o - perdoem-me - amadorismo.
A noite começou com os portuenses Comvinha Tradicional. O grupo desempenhou bem a sua função em termos técnicos mas a sua postura de músico-sentado-a-tocar-e-a-olhar-para-o-chão transformou melodias animadas e joviais em algo monótono e aborrecido. Uma pena.
Já o concerto dos Toques do Caramulo, com as suas modinhas de Águeda, foi uma lufada de ar fresco. Interacção e animação q.b. para um público que - para ainda lá estarem a uma hora tão tardia - tinha ido ao festival (em grande parte) pelos concertos. Foi muito bom. Uma atitude contagiante, uma execução técnica de qualidade, uma festa!
Esperemos que para o ano haja mais.
7º Festival «O Gesto Orelhudo»
Links:
informações no blog da d'Orfeu
informações no site da d'Orfeu
livreto electrónico
vídeo promocional
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Cabeça de Video
A Geração Romântica
E para voltar, só podia escrever sobre este livro absolutamente fascinante, que há dois meses é leitura diária (vários capítulos têm sido alvo de repetida leitura...). Sobre este The Romantic Generation, apenas algumas breves palavras:
i) não conheço ninguém que escreva sobre música como Charles Rosen; é ao mesmo tempo densíssimo e ligeiríssimo, extraordinariamente profundo mas bem humorado, nunca banal nem pedante;
ii) todos os capítulos têm pontos de vista originais sobre os assuntos que versam - desde considerações estéticas gerais sobre o romantismo a ensaios sobre Chopin, Liszt, Mendelssohn, Berlioz, Schumann e a ópera no século XIX;
iii) os três ensaios sobre Chopin (quase um total de 200 páginas) são incrivelmente penetrantes e desfazem uma série de mitos sobre o polaco (não sabia construir grandes formas, é lamechas, etc, etc) - mais notícias sobre isso num post futuro (ou em posts futuros).
O livro leva-nos a reconsiderar todo o período (séc. XIX) e, no meu caso, só tem contribuído para aumentar o fascínio pela música desta época (sobretudo Chopin, Schumann e Liszt). Aconselho vivamente, sobretudo, a pianistas e compositores, mas o apelo do livro é, na verdade, para todos os músicos e amantes da música.
Para que isto não seja só texto, deixo uma das peças mais brilhantemente analisadas no livro (a terceira balada de Chopin):
Daniel.
Manel Cruz na Blitz
A próxima edição da Blitz trará uma estrevista ao Manel.
«Eu fiz um ou dois playbacks, um no Júlio Isidro e outro já não sei onde, e detestei. Não vou dizer que não faço playbacks porque é uma cena pura... Eu não gosto, acho pobre, mas é a minha opinião e respeito quem faça. Para mim [as pessoas que fazem playback] estão, de alguma maneira, a enganar as outras pessoas, mas como toda a gente sabe [que é playback] e diz lá, é como o wrestling. Eu não me identifico, como tal não gosto de fazer.»
Questões Existenciais
Econometrics Song by um professor maluco qualquer
Gonna run run, run, run those regressions away!!
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Portugal. O Gajo
É nestas alturas que fica bem dizer: vivam os Radiohead! Já começa a ser elevado o número de bandas que foram "salvas" pela inspiração divina trazida à terra por estes malucos (literalmente).
Cabeças de Rádio aparte, fica aqui um cheirinho de Portugal. O Gajo:
Portugal. The Man - And I
Está a chegar...
Está aí a chegar um concerto muito esperado pela malta do progressivo. A abrir os Porcupine Tree estarão os britânicos Pure Reason Revolution (myspace). Vê-mo-nos lá ;)
Se esta rua fosse minha...
O cartaz completo pode ser visto aqui.
Paul Gilbert em Portugal
Dia 2 no Music Box em Lisboa, 22h30, €22.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Camané no Porto
Tão altos como leões
Ouvi o último LP (estou a falar do de 2006, embora esteja marcado um lançamento para este ano) e chamou-me a atenção um cheirinho bom a Radiohead na maneira fófinha como estes nova-iorquinos fazem o seu pop-rock. Utilizam umas electrónicas aqui e ali, sempre muito subtilmente, além de que as músicas são bonitas e bem tocadas.
Não há grande coisa no youtube. Fica um appetizer mas tenham em mente que o álbum tem músicas melhores.
As Tall As Lions - Ghost of York